Bragantino é melhor, mas Mozart erra na derrota do Guarani

O treinador bugrino Mozart Santos tem o direito de cometer erros de avaliação nas 'peças' para iniciar a partida. Pagou com a derrota por vários erros.

Por que escalar o improvisado zagueiro Iván Alvariño na lateral-direita? Depois que percebeu o erro, voltou com Diego Mateus na posição

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Campinas, SP, 4 (AFI) – Que o Bragantino é um time mais ajustado do que o Guarani, é fato.

Que fez por merecer a vitória por 1 a 0, mesmo com o jogo em Campinas, na tarde deste sábado, não há contestação.

Nem por isso o treinador bugrino Mozart Santos tem o direito de cometer erros de avaliação nas ‘peças’ para iniciar a partida.

Por que escalar o improvisado zagueiro Iván Alvariño na lateral-direita?

Temor que o lado esquerdo ofensivo do Bragantino fosse ponto de desequilíbrio, com a efetividade do atacante de beirada Bruninho e transição do bom lateral-esquerdo Juninho Capixaba?

Aí, quando concluiu sobre perda de transição ao ataque e sem ganho defensivo com Alvariño, voltou com o titular Diogo Mateus durante a partida.

MATHEUS BARBOSA

Precipitadamente procedeu a estreia do volante Matheus Barbosa e deixou o setor de meio de campo desarrumado, visto que ainda não há o devido entrosamento com o outro volante Wenderson, além do posicionamento mais avançado de Richard Rios, pelo lado direito.

Mudanças radicais na conjuntura do setor tiraram o fluxo natural de jogadas, principalmente considerando-se a ausência do meia Giovanni Augusto.

Mesmo Mozart tendo à disposição o retorno do atacante Derek, pra escalá-lo centralizado desde o início, preferiu deixá-lo na reserva e começou a partida sem centroavante.

Igualmente errou quando definiu de início pela escalação do meio-atacante Isaque, que retornou recentemente ao clube, e sem ritmo de jogo.

Até tem lógica a aposta na escalação do atacante Neilton, mas foi o atleta quem não correspondeu.

Com tantos desajustes, o cara do Guarani parecia de equipe visitante, mesmo atuando em seus próprios domínios, devido ao predomínio absoluto do Bragantino.

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Guarani pagou por erros do técnico. Foto: Thomaz Morastegan – GFC

GOL E CHANCE

Não bastasse ter chegado ao gol aos oito minutos do segundo tempo, no desvio de bola do atacante Bruninho, após cruzamento de Artur – seu companheiro de ofensiva – o visitante desperdiçou a chance mais clara para ampliar a vantagem, através de Artur, que livre de marcação, já na pequena área, errou a cabeçada após cruzamento de Guilherme, aos 20 minutos.

Até então só dava Bragantino, mesmo com a tentativa de Mozart em corrigir os seus próprios erros, quando no intervalo colocou Rafael no lugar de Neilton e Derek na vaga de Isaque.

DIOGO MATEUS

Mozart esperou até os 18 minutos do segundo tempo para sacar Iván Alvariño e ganhar transição mais rápida ao ataque com a entrada do lateral-direito Diogo Mateus, que passou a fazer triangulações com Richard Rios.

Pelo lado esquerdo bugrino, o lateral Jamerson se desprendeu da marcação e abasteceu o ataque, mas na prática o Guarani só exigiu defesas do goleiro Cleiton em finalizações de média e longa distância.

TROCAS NO BRAGA

A maior presença ofensiva do Guarani no último quarto do jogo se deve, também, à queda de rendimento do Bragantino, com as alterações forçadas feitas pelo treinador Pedro Caixinha, sem que os reservas estivessem à altura dos titulares.

E mais: o estilo de muita competitividade do time de Bragança Paulista implica em natural desgaste dos atletas, na reta de chegada da partida.

OUTRO ESTILO

O Bragantino de hoje, do treinador Pedro Caixinha, pratica futebol de estilo diferente dos tempos de seu antecessor Maurício Barbieri.

Hoje é mais compactado, aumentou a capacidade de desarme e, incontinenti, busca-se valorização através do toque de bola.

Todavia, apesar do maior volume ofensivo, ele criou poucas oportunidades, até porque a defensiva bugrina estava atenta. Se antes o time de Bragança Paulista visava penetrações através de dribles, hoje usa o recurso quando necessário.

Até o driblador Artur tem participado mais para o conjunto em vez da individualidade.

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