Botafogo 0 x 0 Santos - Jogo duro, até de assistir...
Quem vencer o confronto de volta estará na semifinal
Quem vencer o confronto de volta estará na semifinal
Ribeirão Preto, SP, 18 – Botafogo-SP e Santos não saíram do 0 a 0 na noite deste domingo, no Estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, pelo duelo de ida das quartas de final do Campeonato Paulista. Em partida com raros momentos de emoção, a melhor chance de gol foi uma bola na trave que o atacante santista Rodrygo acertou no primeiro tempo.
Agora, os times voltam a se encontrar nesta quarta-feira, a partir das 19h30, na Vila Belmiro. Quem vencer avança às semifinais. Novo empate leva a decisão da vaga para os pênaltis.
Lembrando que, de acordo com o regulamento do campeonato, a única vantagem a quem fez melhor campanha na fase anterior é decidir o segundo confronto do mata-mata em casa – no caso deste duelo, o Santos foi superior ao Botafogo-SP no Grupo D, no qual terminou dois pontos à frente (18 a 16).
“Não é o que queríamos. Desejávamos levar a vantagem à Vila, mas não foi possível”, lamentou-se o santista Vitor Bueno logo após a partida em Ribeirão Preto.
TUDO IGUAL
Do lado santista, o técnico Jair Ventura colocou em prática o que ensaiara na véspera: tirou Vecchio do 11 inicial para apostar em Dodô na esquerda. Assim, Jean Mota, que vinha jogando improvisado na lateral, foi para o meio, no lugar do argentino.
A alteração fez sentido dado o que se viu na construção de jogadas da equipe, quase sempre passando pelo lado canhoto. O próprio Dodô, que começou entre os 11 titulares pela primeira vez desde que foi contratado, era um dos mais acionados quando o time tinha a bola. Se o escape era pela direita, Eduardo Sasha vinha buscar jogo.
Porém, ao contrário do que o senso comum do futebol costuma demonstrar, foi entrando pelo meio, onde o Botafogo concentrava mais marcadores, que o Santos criou suas melhores oportunidades da etapa inicial, especialmente quando Léo Cittadini estava envolvido. Na chance mais clara, aos cinco minutos, o meia achou Gabriel dentro da área, em condição duvidosa. O camisa 9 chutou em cima do goleiro Tiago Carodoso, e este espalmou nos pés de Rodrygo. Com o gol à inteira disposição, o garoto fez o mais difícil e mandou na trave.
A resposta dos anfitriões veio com Danielzinho, aos 13, em conclusão frontal a Vanderlei. Desta vez, o goleiro santista levou a melhor e espalmou, evitando o gol.
A eletricidade do confronto nestes 15 minutos iniciais, porém, logo se dissipou. Entraram em cena passes errados, lançamentos de graça de parte a parte e discreta participação dos goleadores – Bruno Moraes e Gabriel foram pouco acionados.
PIOROU…
Na etapa final, o Botafogo tentou acelerar o ritmo de novo, principalmente com Danielzinho. Não havia ataque que não passasse pelos pés do habilidoso camisa 11. Porém, sem alguém com quem dividir a função, acabou cansando e precisou ser substituído aos 24 minutos, por Cafu.
O Santos também mexeu e em dose dupla. Jair trocou Rodrygo por Arthur Gomes, para tentar dar mais mobilidade ao ataque. Também tirou Cittadini, outro que se desgastou muito na partida, e colocou Vitor Bueno. Léo Condé respondeu no Botafogo com a entrada do atacante Wesley no lugar de Lucas Taylor, que jogava pelo meio.
Na prática, porém, as substituições não surtiram efeito para lado nenhum. Em uma última tentativa, Jair Ventura pôs Diogo Vitor na vaga de Eduardo Sasha, e Léo Condé sacou Bruno Moraes e promoveu a entrada de Jheimy para tentar algo diferente. Conseguiu apenas a vaia da torcida, insatisfeita ao ver o artilheiro da equipe deixando o campo.
“Jogo de 180 minutos, então todo mundo ficou com medo de errar. Foi bem truncado”, reconheceu o lateral-esquerdo Mascarenhas, da equipe da casa.