Alguns técnicos continuam escalando a torto e direito mesmo sem conhecer o potencial do elenco e acabam se dando mal. Os cartolas seguem não enxergando nada.
Parabéns, portanto, ao treinador português Artur Jorge, ao colocar em prática toda essa dinâmica agressiva do Botafogo Carioca
Por ARIOVALDO IZAC
Campinas, SP, 22 (AFI) – Que o Botafogo carioca conta com elenco recheado de bons jogadores, isso não se discute. E quantos clubes no futebol brasileiro igualmente dispõem de elencos qualificados, sem que treinadores consigam extrair o máximo do conjunto.
O estilo vertical que os obedientes jogadores do Botafogo colocam em prática transformam as partidas da equipe em convites, para que nos deliciemos com futebol qualificado, lembrando coisa rotineira de décadas passadas.
Parabéns, portanto, ao treinador português Artur Jorge, ao colocar em prática toda essa dinâmica.
PONTE PRETA COM VOLANTES
Na Ponte Preta, além da postura de dois volantes basicamente de marcação, a equipe tem contado com o atacante Éverton Brito, obediente taticamente na recomposição.
Ora, com esse trio determinado para eventuais coberturas, como explicar laterais tomarem bolas nas costas, sem a devida cobertura?
Vejam quantas jogadas os adversários têm explorado lançamentos nas costas de laterais, considerando-se a falta de velocidade dos zagueiros para a devida cobertura?
Logo, entre uma coisa aqui e outra ali, o treinador Nelsinho Baptista precisa encontrar mecanismo para correção desse defeito.
GUARANI
São justos os elogios ao treinador do Guarani, Allan Aal, ao transmitir confiança e discussões de posturas adequadas à equipe jogo a jogo. Todavia, dois senões ainda precisam ser observados por Allan Aal.
Se a fase do atacante Airton tem preocupado defensivas adversárias, ao arrancar em velocidade e bom balanço para dribles em progressão, por que a gritaria de Allan Aal para que volte, visando marcar avanços de laterais?
Ideal que seja procurada outra alternativa para isso, visando poupar o ‘gás’ de seu atacante, de forma que possa terminar o jogo ‘inteiro’, e não com visível desgaste a partir do vigésimo minuto do segundo tempo, o que tem exigido substituição.
O desdobramento desmedido da equipe bugrina durante o primeiro tempo provoca inegavelmente desgastes exagerados em vários jogadores, o que implica em queda de rendimento.
Logo, é preciso um tempero. Por vezes a boleirada ‘gelar’ a bola para evitar desgastes.
ÊNIO
Aí, quem assiste jogos do Amazonas constata o veloz atacante Ênio também fazendo trabalho de recomposição pelo corredor, para marcar lateral.
Que desperdício, hein treinador Rafael Lacerda!
A exemplo do que se cobra para Airton, no Guarani, Ênio precisa se posicionar mais próximo da área adversária, para oferecer situação de risco.
TCHECO E DAL POZO
Lambança feita pelo treinador Tcheco ‘custou’ apenas dez dias no comando da Chapecoense. Como dispensar escalações de laterais e montar esquema com três zagueiros, contra o Guarani? E ainda desconsiderando que o ‘becão’ Jhonnathan é lentíssimo para jogar centralizado.
Tcheco havia escalado um atacante eminentemente ofensivo, sem hábito de marcação, para a função de ala pela direita, como foi o caso de Marcelo Júnior, deixando o setor descoberto.
Por essas e outras, tinha razão o ex-presidente bugrino Beto Zini quando conferia aquilo que os seus treinadores programavam no pré-jogo. Imaginem que Zini admitiria uma aberração como essa!
Aí a cartolada da Chapecoense só percebeu o prejuízo após o time tomar aquele ‘chocolate’, com dispensa do treinador, mas sem critério na contratação do substituto, com a chegada de Gilmar Dal Pozzo, demitido recentemente do Avaí.