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ARIOVALDO IZAC

Blog do Ari - Será que ainda dá para escapar, Guarani?

Guarani ainda na lanterna. Parece que finalmente o destino lhe será cruel neste crepúsculo da Série B do Brasileiro. Sofreu uma derrota fatídica.

Parecia que acidentalmente o Guarani daria mostra de sobrevivência nesta terrível briga de permanência na competição. Mas perdeu e busca um milagre

Brasileirão - Série B - 2024
Caio Dantas fez os dois gols do Guarani, que falhou no final e perdeu. Foto: Raphael Silvestre - GFC

Por ARIOVALDO IZAC


Campinas, SP, 9 (AFI) – E agora José? Ou melhor: e agora Guarani?

Parece que finalmente o destino lhe será cruel neste crepúsculo da Série B do Brasileiro.

O que explicar desta fatídica derrota de virada para o Botafogo por 3 a 2, na noite desta quarta-feira, em Ribeirão Preto?

Em jogo fraco de clubes que justificam plenamente a campanha sofrível até aqui, parecia que acidentalmente o Guarani daria mostra de sobrevivência nesta terrível briga de permanência na competição.

Ledo engano, torcedor bugrino!

MARCELINHO – PENALTI ESTÚPIDO

De um jogo relativamente controlado, quando você rezava para o tempo passar e assim o seu clube sustentar a vantagem por 2 a 1, eis que o atacante Marcelinho – que entrou no segundo tempo – cometeu pênalti estúpido e assim permitiu que o Botafogo empatasse.

Mas o pior ainda estava por vir.

De onde jamais se previa falha crucial que comprometesse o resultado do jogo, ela ocorreu: do goleiro Pegorari.

Em bola alçada em direção da área dele, aos 51 minutos do segundo tempo, não é que ele saiu ‘caçando borboleta’, errou o tempo dela, e disso se aproveitou o atacante Alexandre Jesus para, em leve toque, marcar o inesperado gol da vitória botafoguense por 3 a 2.

Série B - 2024
Guarani pediu impedimento no 3º gol do Botafogo. Foto: Agência Botafogo

FICOU DIFÍCIL, GUARANI

Mais importante do que avaliação tática-tática do jogo em si – programada para o final do texto – o que mais interessa ao bugrino é avaliar como ficou o ‘bololô’ no pelotão de baixo da competição, e se ainda há um fio de esperança para escapar do descenso.

Sim, derrota que pode custar muito caro, pois o adversário dá um salto para fugir da ‘fogueira’, atingindo 35 pontos.

Assim, no balanço momentâneo, o que se vê são cinco clubes na desesperada luta para escapar do rebaixamento, a começar pelo lanterna Guarani, com 25 pontos.

Seguem o Brusque 30, Ituano 31, CRB 33 e Chapecoense 34.

O Paysandu deu uma respirada, nesta quarta-feira, ao vencer a Chapecoense por 2 a 0, pulando para 36 pontos.

Diante do cenário, tem bugrino já entregando a ‘rapadura’ e projetando a dureza de uma terceira divisão, sem cota de televisão e redução de interesse de patrocinadores.

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Jogadores do Guarani tentam entender o lance do gol da vitória do Botafogo. Fotos: João Victor Menezes de Sousa – Agência Botafogo

JOGAR A TOALHA?

Calma! Apesar das claras dificuldades para o Guarani escapar, matematicamente ainda é possível, porque concorrentes diretos neste pelotão de baixo também oscilam e participam de confrontos diretos.

A sorte dele será decidida nas oito partidas de complemento, três delas contra clubes do pelotão de cima – Sport fora, Novorizontino e Ceará em casa – e três contra concorrentes diretos da zona da encrenca, como CRB já na segunda-feira, depois a Ponte Preta no Estádio Moisés Lucarelli e o Brusque, fora, na 37ª rodada.

Com 25 pontos, e projetando-se a hipótese de ainda escapar com 42 pontos, o cálculo lógico seria a obtenção de cinco vitórias, dois empates e se descartar apenas um jogo.

É possível isso, ou já foi?

Série B - 2024
Botafogo marcou dois gols no final e virou 3 a 2. Fotos: BFC

JOGO FRACO

O Guarani levou para campo proposta tática reativa, com três volantes, exatamente para fechar os espaços do adversário por dentro e usar velocidade em contra-ataques.

E nem precisou criar jogadas no início de jogo, pois o goleiro João Carlos, do Botafogo, se encarregou de cometer falha grotesca em finalização mascada e fraca do centroavante Caio Dantas, no típico lance para goleiro correr na bola e não saltar atrasado, logo aos dois minutos.

Assim, a bola entrou mansamente no canto direito.

Pela lógica, na sequência o Botafogo teria mais posse de bola, mas pecava pela falta de capacidade de penetração e errava muitos passes.

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Alexandre Jesus foi heroi do Botafogo. Foto: Agência Botafogo

VICTOR ANDRADE

Todavia, bastou uma jogada pessoal do atacante Victor Andrade, ao se desvencilhar da marcação de Pacheco e Bacelar, para finalizar, em bola na direção do goleiro Pegorari, mas a tentativa do zagueiro Matheus Salustiano de desviá-la provocou mudança na trajetória, e o goleiro apenas rebateu, com a sobra se oferecendo para o atacante Alex Sandro, que empatou a partida aos 18 minutos.

Ainda naquele período, o jogo continuou morno, com predominância das defensivas, até que o meia Felipinho, do Botafogo, cometeu pênalti desnecessário, ao empurrar o atacante bugrino João Victor, que Caio Dantas cobrou rasteiro, no canto direito, recolocando o Guarani em vantagem, aos 43 minutos.

POSSE DO BOTAFOGO

No segundo tempo, embora o Botafogo tivesse mais posse de bola, não encontrava espaço para penetração na determinada marcação bugrina.

E a proposta de contra-atacar quase determina consolidação da vitória bugrina, quando Luan Dias lançou Caio Dantas em condições de se desvencilhar de um zagueiro, mas se atrapalhou na finalização, com chute sobre o travessão.

NEGUEBA

Tardiamente o treinador do Botafogo Márcio Zanardi colocou em campo o veloz Negueba, que passou a levar vantagem sobre o lateral Émerson Barbosa, mas o lance determinante, quando chegou ao fundo de campo para cruzamento, foi Marcelinho que o travou dentro da área, em pênalti bem marcado pelo árbitro João Vitor Gobi, aos 33 minutos.

Encarregado da cobrança, Victor Andrade nem tomou distância e chutou a bola à meia altura, no canto direito: 2 a 2.

Com sete minutos de acréscimo, Heitor, do Guarani, exigiu defesa do goleiro João Carlos, e o desfecho de mais uma triste história para os bugrinos foi a lambança do goleiro Pegorari.

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Guarani deu a impressão que venceria, mas depois falhou demais e levou a virada. Foto: Raphael Silvestre – GFC

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