Blog do Ari: Semeou vento, colheu ...
Gilson Kleina semeou vento, colheu tempestade. Perdeu o dérbi e perdeu o emprego. Guarani nem precisou se esforçar tanto para enfiar 3 a 0
Blog do Ari - Guarani não precisou fazer nada de excepcional para golear a Ponte Preta na noite deste sábado, no Brinco de Ouro.
Campinas, SP, 19 (AFI) – Blog do Ari absoluto. Nas histórias de dérbis, quando alguém estabelece placar clássico de 3 a 0, comumentemente se diz que o vencedor realizou partida de gala.
Todavia, o Guarani não precisou fazer nada de excepcional para golear a Ponte Preta na noite deste sábado, no Estádio Brinco de Ouro.
Bastou colocar em prática um futebol organizado para não correr risco e explorar falhas contundentes do adversário, que a exemplo de partidas anteriores repetiu a natural despadronização.
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GILSON KLEINA
É bíblico na carta de Provérbios 22:8, de que ‘quem semeia vento colhe tempestade’. Pois a Ponte Preta, através de seu treinador Gilson Kleina, semeou vento neste Paulistão e a dura resposta, em forma de tempestade, veio na derrota deste dérbi.
O pronunciamento do presidente da Ponte Preta, Marco Eberlin, sobre o desligamento de Kleina veio tardiamente.
A rigor, sequer deveria ter continuado após a decepcionante campanha na última Série B do Brasileiro
A montagem do elenco foi feita sem os devidos critérios. No campo não se viu a mínima organização para se qualificar a chegada da bola ao ataque, coisa feita na base do chutão.
ANDRÉ LUIZ E MATHEUS JESUS
Não bastasse tudo isso, cometer erros crassos de avaliação na escalação da equipe o torcedor pontepretano não perdoa.
A opção pelo volante André Luiz foi injustificável.
Quais as credenciais do meio-campista Matheus Jesus para ser escalado?
E justamente quando a cabeça da área ficou desarrumada, qual a proteção poderia se prever para o garoto Jean Carlos, lateral-esquerdo?
Logo, bordão de que ‘dérbi é dérbi e vice-versa’, para se caracterizar imprevisibilidade do confronto, não se aplicava nesta circunstância.
A derrota da Ponte Preta era pedra cantada, pois não havia credenciais de superação.
Claro que o Guarani não tem nada a ver com isso e se impôs na partida.
Se ainda há restrições sobre a sua performance comparativamente ao ano passado, claro está que a vitória sobre a rival foi incontestável pelo predomínio demonstrado ao longo da partida e obsessão pelo resultado positivo.
LUKÃO
Se já estava mais ajustado no início, tudo ficou mais fácil quando o atacante pontepretano Pedro Júnior escorregou, no seu campo defensivo, perdeu a bola para Júlio César, que serviu Lukão, aos cinco minutos.
Aí, um chute plenamente defensável, rasteiro, no canto direito, resultou em falha grotesca do goleiro Ygor Vinhas e o Guarani saiu à frente: 1 a 0.
Por precaução o Guarani procurou se resguardar depois disso, mas ao perceber que a desorganização da Ponte Preta não traria preocupação, aos poucos voltou a se soltar e assim chegou ao segundo gol em cobrança de pênalti através do meia Giovanni Augusto.
E quem cometeu o pênalti?
O questionadíssimo volante André Luiz, que interceptou chute de Matheus Pereira com o braço, aos 26 minutos, em pênalti indiscutível, convertido logo em seguida.
Do despadronizado time pontepretano nada se poderia esperar além de bola alçada de forma contínua ao ataque, para desespero do atacante Lucca, que voltava seguidamente na tentativa de organização.
A rigor, a única chance de gol da Ponte Preta na partida ainda foi fruto de trombada do zagueiro Ronaldo Alves e volante Rodrigo Andrade, mas o meia Fessin, com a sobra, arrancou com a bola e a chutou para fora, aos 38 minutos do primeiro tempo.
YAGO
Tem-se que realçar a percepção do treinador bugrino Daniel Paulista sobre a instabilidade do lateral-esquerdo Jean Carlos, da Ponte, e convincentemente colocou em campo o seu atacante de beirada Yago, no lugar de Rodrigo Andrade, em cima do garoto da Ponte
.
Pronto, o pontepretano perdeu disputa de bola na disputa com Yago, cometeu pênalti aos 23 minutos do segundo tempo, convertido, agora, pelo lateral-direito Diogo Mateus.
Portanto, o resultado mostra que o Guarani tinha sim lenha pra queimar, embora precedido de goleada sofrida para o Ituano por 3 a 0.
Aquele elástico placar se sobrepôs a argumentos de que a equipe havia realizado, na ocasião, um primeiro tempo aceitável.
Desconsideraram, também, que o Ituano realizou partida competitiva e ajustada, e que naquela noite erros capitais do zagueiro Ernando foram determinantes para o desastre.