Blog do Ari: Pontepretano não deve se iludir com vitória sobre a Ferroviária
Minha postura de independência não permite que eu traia minha consciência: foi um achado
Blog do Ari em apuros com dois jogos dos campineiros. Priorizamos a Macaca que derrubou a Ferroviária, mas não mostrou bom futebol
Campinas, SP, 10 (AFI) – Blog do Ari em apuros com dois jogos dos campineiros. Dois jogos das equipes de Campinas no mesmo horário, na noite desta quarta-feira, recomendavam prioridade para acompanhamento de um deles.
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Como o Guarani jogou em Campinas, com chances maiores de o seu torcedor prestigiá-lo no Estádio Brinco de Ouro, a opção foi mirar na partida da Ponte Preta, que venceu a Ferroviária por 2 a 1, de virada.
Lógico que o bugrino deve opinar como foi a sua equipe que surpreendentemente perdeu para o Botafogo em casa, por 2 a 0.
VITÓRIA ESQUISITA
Comumentemente analista de futebol que trabalha no interior massageia o ego do torcedor quando a equipe da cidade vence a partida, principalmente em jogo como visitante.
Todavia, minha postura de independência não permite que eu traia minha consciência. Então, me obriga enfatizar com todas as letras: foi um achado essa vitória da Ponte Preta por 2 a 1.
Então a Ferroviária teria merecido a vitória?
Também não. O empate se ajustaria melhor àquilo que ambos deixaram de fazer.
POSTURA MARRUDA
Se me questionarem sobre postura marruda por não reconhecer méritos na vitória pontepretana, justifico que ela rondou a meta do goleiro Saulo, da Ferroviária, apenas três vezes ao longo da partida.
Primeiramente no gol de empate de cabeça do atacante Lucca, após cobrança de escanteio, quando explorou a falha do lateral-esquerdo João Lucas que sequer disputou a jogada, aos 20 minutos do primeiro tempo.
Três minutos depois, o mesmo Lucca cruzou da esquerda e a bola encontrou o seu companheiro Pedro Júnior, que se atrapalhou na conclusão e finalizou para fora.
Por fim, em falta desnecessária cometida pelo meia Murilo Rangel, da Ferroviária, ocasião em que a bola chutada pelo zagueiro Fabrício foi mal interceptada por Didi, do time da casa, do que se aproveitou o estreante Ribamar pra chutar de bico e virar o placar aos 37 minutos do segundo tempo.
E não tem time que joga por uma bola e sai vencedor?
Sim, mas nem sempre ele faz por merecer para construção da vantagem.
TÉCNICO ELANO
A Ferroviária jamais justificaria um resultado positivo apenas pela postura de querer valorizar a posse de bola e assim ter o controle na maior parte do jogo.
Uma coisa é valorizar a bola, mas colocar em prática estilo vertical, com rapidez; outra coisa é o medo do passe errado, que implica em toques curtos e até excesso de recuo, o que resulta em tremenda lentidão, e que permite ampla chance de recomposição do adversário.
Assim, com espaços ofensivos encurtados, a Ferroviária criava embaraço à Ponte Preta apenas quando os seus atacantes de beirada Rafael Luís e Orejuela individualizavam as jogadas e com velocidade.
Foi assim que Orejuelo exigiu defesa difícil do goleiro Ygor Vinhas e depois Rafael Luís perdeu gol feito, já dentro da área.
Isso além de a Ferroviária ter criado embaraço nos primeiros oito minutos de partida, quando a Ponte Preta sequer havia passado do meio de campo.
Primeiro quando Bruno Mezenga acertou a trave; depois na cobrança de falta com gol do meia Gegê, em que não se deve atribuir culpa ao goleiro Ygor Vinha. Zagueiro Fabrício foi pra bola e traiu seu companheiro ao não alcançá-la. Pior ainda porque ela quicou e enganou o goleiro.
Afora isso, viu-se ao longo da partida predomínio da Ferroviária, sem que isso revertesse em qualidade para sair com vitória.
MELHOR COM TRÊS ZAGUEIROS
Já a Ponte soube se assentar melhor em campo quando o seu treinador Gilson Kleina optou pelo formado com três zagueiros após o intervalo, sem que isso exigisse mudança de peças.
É que inicialmente escalou o zagueiro Léo Santos como volante, para em seguida recuá-lo.
Foi o período em que a Ponte Preta já não passou susto e já mostrava-se satisfeita com o empate, tanto que o volante André Luiz entrou no lugar de Léo Naldi com proposta de ampliar a marcação.
Aí caiu do céu o gol da vitória.
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