Neste momento difícil, a Ponte Preta vai estar amparada pela sua entusiasta torcida. Mas precisa corresponder no campo no Dérbi 208.
É motivo de júbilo a informação que provavelmente os 16 mil ingressos disponibilizados ao dérbi campineiro podem ser esgotados
Por ARIOVALDO IZAC
Campinas, SP, 18 (AFI) – Ponte Preta amparada pela torcida. É motivo de júbilo a informação que provavelmente os 16 mil ingressos disponibilizados ao dérbi campineiro podem ser esgotados, considerando-se que 15 mil haviam sido adquiridos até sexta-feira, para o jogo das 18h30 de domingo, no Estádio Moisés Lucarelli.
Até então, o maior público da Ponte Preta na temporada, enquanto mandante, foi na vitória por 2 a 0 sobre o São Paulo, dia dez de fevereiro, na sétima rodada do Paulistão. Na ocasião, o público foi de 11.451, para torcida única, que proporcionou a renda de R$ 267.530,00.
Considerando-se a totalização das despesas em R$ 103.486,21, a cota líquida da Ponte Preta foi de R$ 164.043,79.
O pontepretano estava motivado pela goleada imposta ao Botafogo por 3 a 0, na partida anterior, mesmo atuando em Ribeirão Preto.
CAMPO E TORCIDA
Se outrora fatores campo e torcida tinham relativo peso favorável ao mandante, hoje os fatos falam por si só.
Na décima rodada do mesmo Paulistão, o barulho de 41.118 torcedores corintianos foi insuficiente para desfocar a boleirada da Ponte Preta, que venceu aquela partida por 1 a 0, na Neo Química Arena.
ESTÁDIOS ENCOLHERAM
Duro é constatar como os estádios de Campinas ‘encolheram’ e os seus torcedores também.
Na semifinal do Paulistão de 1979, no Estádio Moisés Lucarelli, arrastada para janeiro da temporada seguinte, a Ponte Preta venceu o Guarani por 2 a 1, com público de 27.053 e 3.121 menores.
Sim, à época não havia restrição de torcida única. Logo, no jogo da volta, no Estádio Brinco de Ouro, o registro na vitória pontepretana por 1 a 0 foi de 30.552 pagantes e 3.670 menores, que entravam gratuitamente.
TORCIDAS ORGANIZADAS
A Torcida Jovem da Ponte Preta é uma das primeiras fundadas no interior paulista, em 1969, tendo Maurício Antonio Lombardi, filho do radialista Salvador Lombardi Neto, como primeiro presidente. E ambos já faleceram.
Depois surgiram organizadas como Povão da Macaca, Urangus, Ponterror, Mancha Negra, Serponte, Energia Alvinegra, Ponte Safena, Raça Alvinegra, Macacachaça, Bafu da Macaca, Masterponte, T.U. (Torcida Uniformizada de Barão Geraldo) e curiosamente a Pontênis, presidida pelo saudoso vereador Bileo Soares, cujos torcedores se juntavam nas cadeiras vitalícias do clube, em ala de curta duração.
E as demais organizadas: a quantas anda?
TORCEDORAS DE CORAÇÃO
Bons tempos das torcedoras símbolos como Donana e Conceição, ambas falecidas.
Donana, registrada em cartório como Ana Custódio da Silva, limpava e polia troféus. Ela ia ao estádio com seu vestido listrado de preto e branco e unhas pintadas com esmalte em preto e branco.
Maria Conceição Rodrigues, a Conceição, era irriquieta e não media distância para acompanhar a sua amada Ponte Preta.
Registro, também, para as irmãs Dalva e Maria Luiza, sempre prestativas em colaboração ao clube.