Há 40 anos, o público da Ponte Preta em seus mandos dentro do Moisés Lucarelli era bem maior. Veja os comparativos dos números.
Oxalá comecem uma mobilização para se discutir e remodelar o futuro da Ponte Preta, pois nada justifica ficar atrás de Novorizontino e Mirassol
Por ARIOVALDO IZAC
Campinas, SP, 5 (AFI) – O público de 3.775 pagantes para o jogo em que a Ponte Preta foi derrotada pelo Operário por 1 a 0, na noite de sexta-feira de 23 de agosto, foi bem aquém daquilo que se esperava para quem realizava, até então, campanha do bloco intermediário deste Brasileiro da Série B.
A justificativa sobre o horário das 21h30 para início daquele jogo é parcialmente precedente, principalmente pra quem depende de transporte coletivo, mas em outras circunstâncias os torcedores davam um jeito, se mobilizavam em grupo para o transporte em um só automóvel.
TELEVISÃO
Que a televisão passa a ser um desestimulante para o torcedor de clube de médio se deslocar a estádios, é fato indiscutível. Porém, se recuarmos no tempo, coisa de quatro décadas, o pontepretano estava mais ligado em prestigiar o seu clube ao vivo, no Estádio Moisés Lucarelli.
Peguemos como exemplo alguns jogos da temporada de 1983.
Se no mês de abril foi um fiasco aquele público de apenas 1.152 pagantes na vitória por 2 a 1 sobre o Sport Recife, pelo Brasileirão, a média aumentou no Paulistão contra clubes interioranos.
Em 28 de agosto daquela temporada, na vitória por 2 a 0 sobre o Botafogo de Ribeirão Preto, o ‘velho’ Majestoso’ recebeu 5.574 torcedores.
MARÍLIA E SANTO ANDRÉ
Se ocorreu inesperada queda de público para 1.062 pagantes no dia 24 de setembro, no empate por 1 a 1 com o Juventus, o pontepretano se fez presente novamente nos dias 16 e 19 de outubro, quando o registro foi de 5.124 pagantes na goleada por 4 a 1 sobre o Marília e 5.202 torcedores no empate sem gols com o Santo André, respectivamente.
Campanhas desestimulantes nas competições em disputas e faltas de perspectiva de solidez em caso de futuro acesso ao Brasileirão são algumas das justificativas.
Oxalá comecem uma mobilização para se discutir e remodelar o futuro da Ponte Preta, pois nada justifica ficar atrás de Novorizontino e Mirassol, sediados em cidades bem menores.
A diferença é que por lá administra-se o futebol sem erros ‘cabeludos’ como ocorrem por aqui.