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ARIOVALDO IZAC

Blog do Ari - Ponte Preta 'apareceu' após expulsão no Coritiba

A expulsão de Robson, do Coritiba, mudou o panorama do jogo e facilitou a Ponte Preta. No final, o empate pareceu justo. CONFIRA !

Tem razão o treinador Jorginho, do Coritiba, quando cita o lance como 'choque de jogo'. Blog do Ari não permite puxa-saquismo para clubes de Campinas

Série B - 2024
Coritiba e Ponte Preta fizeram jogo parelho com 11. Foto: JP Pacheco - CFC
  • – – Por ARIOVALDO IZAC – – –


Campinas, SP, 11 (AFI) – Qualquer análise sobre este empate do Coritiba com a Ponte Preta por 1 a 1 passa necessariamente pela decisão do árbitro Fábio Augusto Santos São Júnior que, aos 17 minutos do segundo tempo, expulsou o atacante Robson, da equipe coritibana, após choque com o goleiro pontepretano Pedro Rocha, quatro minutos antes desta partida realizada na capital paranaense, na tarde deste domingo.

Tem razão o treinador Jorginho, do Coritiba, quando cita o lance como ‘choque de jogo’. E acrescenta:
“Só quem nunca jogou futebol não sabe que o atacante, num momento desse, não pode segurar a perna. Não tem como segurar num momento como aquele. E ele não tinha amarelo”.

CHOQUE DE JOGO MESMO !

A linha editorial de imparcialidade que norteia o Blog do Ari não permite puxa-saquismo para clubes de Campinas. Se incontáveis vezes, neste espaço, foram citadas decisões de arbitragem que prejudicaram a Ponte Preta, não há como tirar a razão das reclamações dos coritibanos, pois a história do jogo ganhou outros contornos quando ficaram com dez homens em campo.

A partir de então, como se esperava, o Coritiba optou por recuar as linhas, com esperado avanço da Ponte Preta, que teve mais posse de bola no campo do ataque e ameaçou em quatro lances.

Primeiro em finalização de longa distância através do lateral-direito Igor Inocêncio, com rebote do goleiro Pedro Morisco, porém sem aproveitamento de Ramon Carvalho.

Depois, quando o centroavante Jeh se desvencilhou do zagueiro Benevenuto, mas chutou a bola para fora.

Aos 46 minutos, Jeh ajeitou de cabeça para Iago Dias, que se atrapalhou na jogada e desperdiçou a chance.

Por fim, aos 50 minutos, dois antes do encerramento da partida, o atacante Gabriel Novaes pegou rebote da defensiva coritibana, pela meia-esquerda, e ainda ajeitou a bola antes do arremate certeiro, no ângulo superior esquerdo: 1 a 1.

ANTES DA EXPULSÃO

Embora o primeiro tempo tivesse sido extremamente competitivo, o Coritiba foi mais agudo, por praticar um futebol mais vertical, usando frequentemente os lados do campo, para se aproximar com rapidez à meta adversária,


Logo, exigiu duas providenciais defesas do goleiro Pedro Rocha, da Ponte Preta, a primeira em finalização do meia Matheus Frizzo; depois, quando Lucas Ronier fez  a bola explodir no peito dele.

GOL DO CORITIBA

Na terceira chegada decisiva do Coritiba saiu o gol do atacante Robson. Ao receber lançamento pelo alto, no espaço entre o quarto-zagueiro Sérgio Raphael e lateral-esquerdo Gabriel Risso, ele dominou a bola e tocou para as redes, sem chances ao goleiro Pedro Rocha, aos 43 minutos.

Foi um período em que a Ponte Preta também procurou atacar, porém com produtividade aquém do esperado de Matheus Régis, Éverton Brito e Élvis, o que implicou em isolamento do centroavante Jeh, que havia aparecido apenas em dois lances que a arbitragem permitiu continuidade, mas posteriormente o flagrou em impedimento.


O Coritiba ganhava consistência ofensiva com seguidos avanços de seu lateral-direito Natanael, que se oferecia como opção para triangulações pelo setor.

Enquanto isso, os laterais da Ponte Preta pouco apareceram na linha ofensiva antes do intervalo.

TREINADORES PENSAM

Interessante quando observa-se treinadores que enxergam as ‘peças do xadrez’, quando a bola rola.


Em pouco tempo de trabalho no Coritiba, Jorginho colocou em prática um estilo mais vertical, ocupação de espaços ofensivos entre laterais e zagueiros pontepretanos, e até a tentativa de explorar jogadas de velocidades em contra-ataques, com a entrada do veloz Wesley Pomba, quando o seu time ficou com um homem a menos.


Nelsinho Baptista, da Ponte Preta, poderia ter sacado mais gente no intervalo, além de Matheus Régis, que novamente não correspondeu.

Demorou um pouco, mas substituiu Everton Brito e Élvis, ambos apagados na partida.

MEIO DA TABELA

Este empate da Ponte Preta foi mais uma mostra para se projetar continuidade dela no meio da tabela de classificação desta Série B do Brasileiro, que, no frigir dos ovos, está dentro da realidade para quem entrou na competição com objetivo de não correr risco de rebaixamento.

Agora, o planejamento seguinte será a continuidade de vitórias enquanto mandante, visto que a próxima agenda de jogos programa recepcionar o instável Goiás, a partir das 19h da próxima sexta-feira.

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