Campinas, SP, 7 (AFI) – Com o Palmeiras sendo Palmeiras, não há como contestar o tricampeonato paulista nesta temporada, ao vencer o Santos por 2 a 0, na noite deste domingo, no Allianz Parque. A intensidade ofensiva do Palmeiras, presença constante na área santista e o faro de gols foram fatores preponderantes para o sucesso.

Se o Palmeiras se multiplicou, não é exagero citar que, na prática, o Santos entrou em campo com dez jogadores, porque o centroavante Morelos perdeu literalmente todas as jogadas.

A rigor, o fraco rendimento dele na primeira partida da final, quando entrou no transcorrer do segundo tempo, já não recomendava que fosse escalado para iniciar a partida deste domingo.

ERROS CRASSOS

Que o Santos cometeu erros crassos nos dois gols sofridos, isso ficou claro, mas em nada deslustra a vitória palmeirense.

Aos 27 minutos do primeiro tempo, em bola do Palmeiras esticada pela meia-esquerda, o domínio seria claramente do lateral Felipe Jonatan, do Santos, que optou pela chegada do seu goleiro João Paulo, desconsiderando que o atacante Endrick não desacredita de jogadas.

Como João Paulo hesitou na disputa do lance, chegou atrasado e cometeu pênalti – após avaliação do VAR -, o meia palmeirense Raphael Veiga cobrou e converteu, com bola quase no centro da meta.

PALMEIRAS INSISTE

E mesmo em desvantagem no placar, o Santos ainda priorizou se resguardar, optando por contra-ataques, mas desta vez o atacante Guilherme recebeu dura marcação e conseguiu escapar livre em apenas uma vez, mas cara a cara com o goleiro Weverton, permitiu que ele praticasse a defesa.

A bola aérea ofensiva do Santos, um terror para os adversários, desta vez foi neutralizada. O principal encarregado disso foi Weverton, que mostrou precisão para interceptar quase todas que foram levantadas, exceto uma que chegou na cabeça do zagueiro Gil, que testou para fora.

Como o Palmeiras mantinha o volume ofensivo e pretendia decidir o título no tempo regulamentar da partida, o segundo e precioso gol saiu em outro erro santista, porém com sequência de jogada bem trabalhada.

Naquela altura, quase metade do segundo tempo, além do time santista repetir desgaste físico acusado em outras partidas, as substituições mais uma vez nada acrescentaram.

HAYNER

Ou melhor: piorou, como foi a entrada do lateral-esquerdo Hayner no lugar de Felipe Jonatan.

Pois Hayner, mesmo sofrendo dura marcação numa tentativa de saída de bola, insistiu na tentativa de dribles, foi desarmado, e o desdobramento da jogada ofensiva do Palmeiras resultou no segundo gol, em bola que o centroavante Flaco Lopez ajeitou para o volante Aníbal Moreno completar, aos 21 minutos.

A partir daí, com outros erros de Hayner e o Santos mostrando claramente que não teria poder de reação, o Palmeiras foi levando o jogo como pretendia, e fez a sua torcida, que lotou o Allianz Parque, vibrar com mais uma conquista de título. 

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