Situação mudou após os ajustes iniciais de Nelsinho Baptista, os reforços dos outros clubes e as mudanças de técnicos na Série B.
Por ARIOVALDO IZAC
Campinas, SP, 26 (AFI) – Ponte Preta enroscada. Sabe aquela ‘rabisqueira’ supondo que fulano vai perder ali e sicrano tropeçar acolá? Você, pontepretano, que se via fora dessa, de ‘secar’ adversários, de repente entrou neste ‘baile’ e passa a observar atentamente quais são os seus concorrentes do pelotão de baixo desta Série B do Brasileiro.
Aí vem o parceiro internauta Tio Lei, que outrora frequentou a rede de comentários com assiduidade, para me questionar:
“Ari, você não havia assegurado que a Ponte não teria risco de rebaixamento?”
Respondi ao parceiro que, por descuido, ele não havia observado anteriormente a minha confissão de culpa.
E por que errei?
Eu e outros tantos por aí fizemos avaliação precipitada, com base naquele cenário antes do período de abertura da janela para contratações de jogadores.
Eis a questão: cadê aqueles precipitados que cometeram o despropósito de sugerir até possibilidade de a Ponte Preta brigar por vaga de acesso na competição?
Claro que jamais enganaria o torcedor pontepretano para tal propósito, pois o elenco continua limitado.
AJUSTES DE NELSINHO
A chegada do treinador Nelsinho Baptista serviu para que alguns ajustes fossem observados na equipe e pontos importantes conquistados. Logo, presumia-se solidez de pontuação no bloco intermediário.
Puro engano.
JANELA DE REFORÇOS
Além da estúpida queda de rendimento até física do time pontepretano, considere que a tal abertura da janela de contratações de jogadores começou a provocar mexida nas peças do tabuleiro.
Quem poderia imaginar que a Chapecoense fosse contratar nove jogadores? Entre os mais conhecidos estão Lucas Buchecha – vindo da Inter de Limeira -, e Rafinha do Juventude.
Como cabia ao pontepretano ‘secar’ a Chapecoense, que abriu esta nova rodada da competição, no jogo contra o Amazonas, aquela ‘figa’ não deu em nada, pois o time catarinense, como mandante, venceu por 2 a 0 na noite desta quinta-feira, e pulou para 34 pontos.
O Brusque teve preocupação de encorpar o elenco e apostou na vibração do treinador Marcelo Cabo à beira do gramado, para o processo de reação.
HÉLIO DOS ANJOS
Já o CRB não titubeou em demitir o treinador recém-chegado Bruno Pivetti, substituindo-o pelo experiente Hélio dos Anjos.
Logo, esses três pontos que distam a Ponte Preta do Brusque, que abre a zona do rebaixamento, faz o seu torcedor entrar na roda para secar concorrentes diretos, até porque trazer ponto(s) de Novo Horizonte, na próxima segunda-feira, é uma possibilidade remota.
CONTRA O RIVAL
Se em circunstâncias normais o pontepretano torce contra o Guarani, mesmo que um resultado do maior rival possa beneficiá-lo, imagine agora com a visita do Avaí a Campinas, na segunda-feira!
Só que antes disso, a sexta-feira passa pela espera de que o Ceará faça a lição de casa e passe pelo Busque, enquanto a melhor das hipóteses para o duelo entre Paysandu e Ituano seria o empate em Belém do Pará, também nesta sexta-feira.
CRB PEGA O COELHO
A lógica indica que no domingo o América possa vencer o CRB, mesmo em Maceió, correto?
Sim, mas é sabido que Hélio dos Anjos chega fazendo barulho, mexe no ambiente, e coloca o seu plano de jogo de priorizar o ataque.
E aí: muda alguma coisa?
Seja como for, quem diria que a Ponte Preta fosse entrar nesta enroscada, sabendo que após o Novorizontino vai recepcionar o também encrencado Botafogo, para depois cumprir agenda contra o Ceará, fora de casa!