Blog do Ari na Copa - Alô Alemanha: quem não faz, toma!

Sabe aquele antigo bordão do futebol de que 'quem não faz, toma'? Foi exatamente isso que ocorreu para a 'lemãozada' aprender.

Isso que dá abusar do direito de perder gols incríveis, ora com finalizações para fora, ora, com o goleirão japonês pegando tudo

Alemanha perdeu muitos gols
Alemanha protesta contra Fifa na Copa: 'Direitos Humanos são inegociáveis'. (Federação Alemã de Futebol)

Campinas, SP, 23 (AFI) – Pronto. Se é que pauteiros da mídia esportiva precisavam de um gancho para caracterização deste início da Copa do Mundo no Catar, acharam: zebra, zebraço, zebraiada.

Que a Argentina não jogou absolutamente nada na derrota para Arábia Saudita, é fato inconteste.

Só que o mesmo não se aplica à Alemanha, na surpreendente derrota para o Japão por 2 a 1, de virada.


Sabe aquele antigo bordão do futebol de que ‘quem não faz, toma’?
Foi exatamente isso que ocorreu para a ‘lemãozada’ aprender.

Isso que dá abusar do direito de perder gols incríveis, ora com finalizações para fora, ora, convenhamos, com o goleirão japonês Gonda praticando defesas notáveis.

A impressão que se tinha, desde o início da partida, era que a Alemanha aplicaria um chocolate na ‘japonesada’ amedrontada e encurralava em seu campo defensivo, durante todo primeiro tempo.

No entanto, a vantagem magra da Alemanha naquele período se resumiu ao gol de pênalti convertido por Gundogan.

Japão vira em cima da Alemanha
Japoneses foram pra cima no segundo tempo e venceram a Alemanha

JAPÃO ATACA

No intervalo, o treinador japonês Hajime Moriyasu deu uma sacudida na boleirada e, mais que isso, não demorou para mexer no time com a entrada do rápido Hajime Moriyasu no lugar de Maeda, uma raríssima exceção de japonês que raspa a cabeça.

A mudança provocou ganho substancial à equipe oriental, revitalizada com velocidade no ataque.

Esse ímpeto foi premiado com o gol de empate, ocasião em que se imaginava que os alemães fossem acordar e voltar para o jogo.

Como melhorar se o seu treinador Hansi Flick fez o favor de sacar o melhor jogador de seu time, o habilidoso atacante Musiala, exatamente quando além dele, o selecionado precisava de velocidade no ataque para explorar os buracos deixados pelos japoneses, mais ousados, que se atiraram ao ataque em busca do gol da vitória.

Como providências práticas não foram tomadas por Flick, o Japão soube explorar a lenta defesa alemã, com um zagueiro central mais parecendo Beto Fuscão nos tempos de Palmeiras – caso de Rudiger -, e assim virar o placar.

AINDA DÁ?

Vejam como são as coisas: esse tropeço pode resultar até em eliminação da Alemanha da Copa do Mundo na primeira fase, pois passou a depender de combinação de resultados.

Convencionando uma lógica vitória do Japão sobre a limitada Costa Rica, ele vai subir para seis pontos, limite de pontuação da Alemanha se vencer Espanha e Costa Rica.

Mas quem garante que a Alemanha vai suplantar a convincente Espanha?

Seria lamentável essa Alemanha, selecionado de melhor reflexo no toque certeiro de bola, até no setor congestionado, dar adeus tão cedo da competição.

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