Até isso dá pra projetar agora, proque a distância do Guarani para os demais times é muito grande. Uma decepção por conta de tantos erros da diretoria.
O bordão 'no mato sem cachorro' se encaixa perfeitamente ao Guarani, ao ser derrotado pelo Sport Recife por 1 a 0, em Campinas
Por ARIOVALDO IZAC
Campinas, SP, 7 (AFI) – O bordão ‘no mato sem cachorro’ se encaixa perfeitamente ao Guarani, ao ser derrotado pelo Sport Recife por 1 a 0, na noite deste domingo, em Campinas, em jogo válido pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B.
Não bastasse continuar com míseros seis pontos e na lanterna da competição, a certeza é que, mesmo que vença os seus três próximos jogos, chegaria na penúltima rodada do primeiro turno ainda no Z4.
É que hoje, a diferença para o primeiro clube fora da zona de rebaixamento – o Amazonas – é de dez pontos.
Tudo porque o Guarani conquistou apenas uma vitória – na quarta rodada -, quando suplantou o Botafogo por 2 a 0, em Campinas. Logo, atinge a marca de dez partidas sem vencer.
NOVORIZONTINO E PEDREIRAS
Em quem se dispuser fazer cálculos, os próximos cinco jogos do Guarani, até a virada de turno, são esses: visitará o Novorizontino no próximo sábado, a partir das 15h30; receberá o Goiás; sairá para enfrentar o Amazonas; voltará a jogar em casa diante do Brusque, ficando o encerramento do turno em Fortaleza, no duelo com o Ceará.
BOLA NA TRAVE
Mesmo o Guarani com um homem a menos em campo, a partir dos 32 minutos do primeiro tempo, paradoxalmente, até os seis minutos do período complementar, foi dele a melhor chance do jogo para abrir a contagem, quando em drible de seu atacante Airton sobre o improvisado lateral-esquerdo Chico, do Sport, caprichosamente, no chute rasteiro em desfecho da jogada, a bola chocou-se no poste direito, percorreu quase rente a linha fatal até a outra trave, mas não entrou.
ZÉ ROBERTO
Como o Sport ‘recauchutou’ o seu setor ofensivo com a entrada do centroavante Zé Roberto, para se juntar a Gustavo Coutinho, ambos protagonizaram o lance decisivo da vitória da equipe pernambucana.
Como Coutinho estava naquela jogada ofensiva aos 31 minutos, confundiu a marcação no miolo de zaga do Guarani, ocasião que Zé Roberto só completou a bola para as redes, tocando-a para o canto esquerdo do goleiro Vladimir, do Guarani.
Curiosamente, durante os acréscimos surgiram duas chances, uma para cada lado. Se aos 49 minutos, Dieguinho, que havia entrado no Sport, perdeu gol feito, cara a cara com Vladimir, com chute de bico e fraco, segundos depois, em contra-ataque bugrino, Reinaldo teve a chance do empate e a desperdiçou.
Embora tivesse perdido um pouco o ângulo para finalização, poderia ter convertido o gol no arremate, mas quase conseguiu colocar a bola na lateral do lado oposto.
EXPULSÃO COMPROMETEDORA
Se desde o início da partida o Sport se caracterizou com maior posse de bola e mais presença no campo defensivo do Guarani, não criava situação de perigo.
Aí, imprudentemente, o garoto Yan Henrique, escalado na lateral-direita, provocou entrada violenta e desnecessária sobre o atacante Chrystian Barletta, aos 30 minutos.
Todavia, a expulsão foi confirmada dois minutos depois, após pedido de verificação através do VAR.
E para recompor o quarteto defensivo do Guarani, o treinador Pintado colocou o também lateral-direito Pedro Manoel e ‘sacou’ o meia Bruno Oliveira.
No geral, foi um primeiro tempo fraco, pois o Sport se perdeu no marasmo de insistentes toques de bola no campo ofensivo.
Aí, faltava-lhe capacidade de penetração no compactado esquema defensivo do Guarani, em período marcado por defesas normais dos goleiros, com arremates de fora da área.
DESGASTE
Devido ao desgaste natural de desdobramento físico de seus jogadores, o Guarani priorizou se defender a partir da expulsão de Yan Henrique – optando apenas por contra-ataques.
Já o Sport teve a paciência para rodar a bola no seu campo ofensivo, à espera de suposta falha de marcação, para estabelecer o placar favorável.
Foi quando prevaleceu o dito que água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. Depois do gol de Zé Roberto, o Sport priorizou toque de bola sem objetividade, com intuito único de sustentar a vantagem.
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