Blog do Ari: Ponte, covardia castigada

Futebol covarde da Ponte Preta é castigado contra o São Paulo, que marcou dois gols no final e virou o placar dentro do majestoso

Blog do Ari - Estava clara a proposta da Ponte Preta em se fechar o máximo possível e esperar um ou outro vacilo do São Paulo

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Ponte Preta saiu na frente com Lucca, mas levou a virada

Campinas, SP, 13 (AFI) – Blog do Ari aponta o problema. Até os 41 minutos do segundo tempo a Ponte Preta ganhava do São Paulo por 1 a 0, mas no tempo restante, computando-se cinco de acréscimos, permitiu a virada do adversário – 2 a 1 -, na tarde deste domingo, em Campinas.

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Diante do cenário, permitam-me algumas questões e respondam se forem capazes.

1 – Você levou uma ‘baile’ na tentativa de descobrir quem estava transmitindo este jogo no Estádio Moisés Lucarelli? Se ficou buscando alternativas no Premiere, não encontrou. A transmissão foi feita via Internet, pela HBOmax. Para acessá-la, o internauta precisa ser assinante, com pacotes a partir de R$ 14,16/mensais.


2 – Você se lembra de outra equipe de futebol, além da era do saudoso treinador Milton Buzzeto – no Juventus da década de 70 -, que jogou tão acovardada o tempo todo na retranca, como ocorreu com a Ponte Preta, neste domingo?


3 – Se eventualmente a Ponte sustentasse a vitória, torcedores e até analistas de futebol mudariam o discurso, caracterizando os jogadores pontepretanos como guerreiros?

4 – Num dérbi no Estádio Moisés Lucarelli, em 1981, o então lateral-direito Chiquinho, do Guarani, recuou bola na ‘fogueira’ para o goleiro Birigui, que naturalmente a deveria ter deixado sair para escanteio. Ao tentar salvá-la, espalmou-a para a sua área, presenteou o ponteiro Serginho, da Ponte, que marcou gol.


Detalhe: Birigui sempre foi lembrado pelo torcedor bugrino pela ‘pixotada’. Eis a pergunta: volante Moisés Ribeiro, da Ponte, também será lembrado com frequência pela lambança feita neste domingo, por ocasião do segundo gol do São Paulo, ou não tem uma coisa a ver com outra?

PÊNALTI

Dito isso, vamos aos fatos.


Estava claro a proposta da Ponte Preta em se fechar o máximo possível e esperar um ou outro vacilo do São Paulo, nos raros momentos em que se aventurasse ao ataque.


Na prática foram dois momentos.


Primeiro aos 11 minutos, quando em erro de passe são-paulino a bola se ofereceu para o atacante pontepretano Lucca, que chutou para fora.

Depois, o miolo de zaga são-paulino esqueceu que em cobrança de lateral não há impedimento, e assim o atacante Pedro Júnior recebeu a bola sem marcação, já dentro da área, e foi derrubado pelo goleiro Jandrei aos 23 minutos, em pênalti convertido por Lucca, num chute quase no centro da meta.


POSSE SÃO-PAULINA

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Blog do Ari explica reação do São Paulo

A desproporção de posse de bola pró-São Paulo por vezes alcançou até 70%, sem que isso fosse revertido em chances claras de gols durante o primeiro tempo, exceto em chute que Gabriel Sara, quase da entrada da área, que exigiu defesa difícil do goleiro Ygor Vinhas, da Ponte Preta.


No São Paulo, registro sobre aproximação dos jogadores, que rodavam a bola de uma lateral a outra do gramado, sem que o time tivesse o driblador para infiltrações.

Assim, como a Ponte Preta programou forte cinturão de marcação, rechaçava as bolas alçadas contra a sua a área.

VIRADA

E esse cenário persistiu até os 41 minutos do segundo tempo, quando o atacante Marquinhos, que havia substituído Éder, foi ao fundo de campo pela direita, e cruzou a bola na cabeça de Gabriel Sara, sem que fosse incomodado pelo lateral-direito Kevin, na jogada.

A testada indefensável no ângulo esquerdo fez com que o São Paulo chegasse ao empate.

MOISÉS RIBEIRO

Aí, o inimaginável ao torcedor pontepretano ocorreu aos 48 minutos.

Volante Moisés Ribeiro, que havia entrado no lugar Wesley aos 14 minutos do segundo tempo, errou passe dentro de sua grande área, e disso se aproveitou o atacante Calleri, do São Paulo, para marcar o gol da vitória, em virada frustrante para os 5.404 pontepretanos pagantes – em torcida única.

Aliás, um público bem aquém do esperado na comparação daquele registrado em Leme, no empate por 1 a 1 entre Lemense e Primavera, com 3.750 pagantes, também na tarde deste domingo. 


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