Quem diria que o futebol de Campinas deixaria de contar com cartolas capazes! Por culpa também dos conselheiros de Guarani e Ponte Preta
Pior da história é a ver erros de contratações plenamente evitáveis, como evitável seria colocar intrusos nos comandos dos respectivos clubes.
Por ARIOVALDO IZAC
Campinas, SP, 15 (AFI) – Campinas sem cartolas capazes! Parceiros bugrinos e pontepretanos estão abismados com a constatação das campanhas irregulares de seus clubes nesta Série B do Brasileiro, e ‘mui’ justamente atribuem culpa à incompetência de dirigentes para gerir esse troço chamado futebol.
Pior da história é a verificação de erros de contratações plenamente evitáveis, como evitável seria colocar intrusos nos comandos dos respectivos clubes.
ACESSO?
Na Ponte Preta, alguns ingênuos até sonharam com a possibilidade de acesso ao Brasileirão, desconsiderando as claras limitações do elenco.
Com essas e outras, se iludiram que Igor Inocêncio seria um lateral-direito dentro do contexto, ignorando a citação aqui, antes do início da competição, que no Tombense havia um jogador melhor para a posição, e em faixa salarial semelhante ou até inferior, como foi o caso de Pedro Costa, que o Botafogo (SP) contratou.
Se os zagueiros Mateus Silva e Sérgio Raphael ainda são toleráveis, incrível não observarem que Édson e Thiago Oliveira são fracos. E o que acontece com o boliviano Haquín, que não joga?
ÉLVIS E JEH
Inadmissível não terem administrado a situação de peso do meia Élvis.
De nada adiantou a tentativa inicial do treinador Nelsinho Baptista ao enquadrá-lo, pois o atleta não se ajuda.
No ataque, faltou percepção que apenas o centroavante Jeh é o diferencial para definição de partidas.
GUARANI É RECORRENTE
No Guarani, os erros são recorrentes desde o início da temporada, numa clara demonstração que o terrível risco de rebaixamento no Paulistão não serviu para nada.
A cartolada simplesmente tapou os ouvidos ou colocou venda para fechar os olhos, com objetivo de não ser informada que jogadores como Rayan, Léo Santos, Jefferson e Camacho, entre outros, estariam fora do contexto.
Pagaram para ver, e viram. Por desconhecimento generalizado da matéria futebol, transferiram a responsabilidade para executivos da modalidade e empresários ambiciosos, só que eles transitam daqui pra lá e o clube fica.
Se o camarada claramente não é da bola, por que se aventura na direção de clube? Mergulhar de cabeça apenas em questões administrativas, contábeis e jurídicas?
Para esses segmentos há uma ‘tonelada’ de gente. Coisas essencialmente do futebol não devem ser totalmente transferidas.
CONSELHEIROS TEM CULPA
Por que os senhores conselheiros não avaliaram minimamente essa questão, ao colocá-los nos cargos que ocupam?
(Guarani teve reunião do Conselho nesta semana. Veja o que houve!)
Que aprendam a lição, pois vocês também são responsáveis por esse estado de coisa.
Já que o estrago está feito, mesmo que os clubes de Campinas escapem do risco de rebaixamento, que pelo menos essa cartolada tenha humildade de pedir ajuda a valorosos dirigentes do passado, que poderão ensinar-lhes o ‘bê-a-bá’ de bola rolando.
Certamente os octagenários Peri Chaib e Beto Zini, respectivamente por Ponte Preta e Guarani, podem lhes tirar da condição de aprendizes para um lugar aceitável nos cargos que ocupam.