O rótulo de descobridor e lapidador de talentos se confirmou na prática quando exerceu a função de treinador da categoria juvenil do clube
A morte do ex-lateral-esquerdo Santos, da Ponte Preta, nesta quarta-feira, documentada em detalhes pelo portal da casa, o FI, só merece reparo quando faz citação que ‘para muitos foi o melhor jogador da posição na história do clube’.
Santinho, como era identificado pelos amigos, foi leal àqueles com quem se relacionou durante 77 anos.
O rótulo de descobridor e lapidador de talentos se confirmou na prática quando exerceu a função de treinador da categoria juvenil do clube. Enquanto atleta que priorizou a marcação, correspondeu plenamente.
Daí, quem o rotulou como melhor jogador da posição na história do clube, provavelmente desconheça que pelo Estádio Moisés Lucarelli passou Odirlei, que até recusou convocação do saudoso treinador Cláudio Coutinho para a Seleção Brasileira, visando a Copa do Mundo de 1978.
Santinho foi daqueles amigos que várias vezes recorri para que me informasse detalhes de jogadores do passado, para publicação das minhas colunas Reminiscências, Memórias do Futebol e Cadê Você, no link https://blogdoari.futebolinterior.com.br/ .
Coisa de uns três anos, aproximadamente, duas situações tristes na vida dele: teve que se submeter a cirurgia de quadril, mas o pior, mesmo, foi a gradativa perda da memória.
No último contato telefônico que tivemos, lamentei as vagas lembranças que tinha dos fatos.
Posteriormente, fui informado que a situação havia se agravado após a morte da esposa, o que implicou em deixar a residência no bairro Vila Marieta, em Campinas, para ser internado em clínica na cidade de Jaguariúna.
Por ter sido uma pessoa do bem, respeitosa, de certo o criador já o acolheu no reino eterno.
QUATRO VIVOS
Daquele memorável time da Ponte Preta de 1969, campeão da antiga Primeira Divisão do Paulista – hoje correspondente à Série A2 – só quatro estão vivos: goleiro Wilson Quiqueto, radicado em Santos; lateral-direito Nelson, meia Dicá e ponteiro-direito Alan.
Nelson? Sim. Nelsinho Baptista era identificado apenas como Nelson, quando 1967 participava do vaivém do juvenil ao profissional pontepretano.
DEJAIR
Daquela leva, o centroavante Dejair morreu em 1985, aos 40 anos de idade.
Depois, o meia Roberto Pinto em 1994, vítima de atropelamento, no Rio de Janeiro.
Em 2006, foi anunciado o falecimento do zagueiro central Samuel Arruda.
Sete anos depois foi o volante Teodoro. Em 2015, o quarto-zagueiro Araújo, que morava em Rio Claro.
Cinco anos depois nos surpreendemos com a morte do ponteiro-esquerdo Adilson Preguinho. E agora Santinho.
O comandante de todos eles, Zé Duarte, partiu em 2004, aos 69 anos de idade.
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