Balcão de Negócios
Os clubes brasileiros fazem de seus atletas, verdadeiras mercadorias. Ficam visíveis nas suas prateleiras e assim que surge uma oferta são vendidas.
Isso é bom ou é ruim? Depende de qual ângulo a coisa é vista. Começo com um exemplo atualíssimo. Lucas (foto), meio-campista do Grêmio que acaba de ser campeão sul-americano pelo Brasil no sub-20 pode ser vendido. Do lado econômico, nesse momento, é bom para o Grêmio. Essa venda fortalece o seu caixa, pagará em dia os salários, o que não é comum nos dias de hoje, e fará outras contratações. E pode melhorar a estrutura das categorias de base, para que apareçam novas revelações.
Campinas, SP, 30 (AFI) – Os clubes brasileiros fazem de seus atletas, verdadeiras mercadorias. Ficam visíveis nas suas prateleiras e assim que surge uma oferta são vendidas. É um tal de vender e vender que não acaba mais. Vendas feitas para o exterior é claro, porque para o mercado doméstico o dinheiro anda muito curto.
E se o Grêmio conseguir que o Lucas fique em seu elenco? Aí é o lado do clube que entra em jogo. Terá um ídolo que fará com que a torcida tricolor gaúcha tenha um motivo especial para comparecer aos jogos e aumentar muito a sua receita com a sua imagem. Quantas camisas 8 gremistas serão vendidas? Entra aí a criatividade em prol do marketing com tantas outras sugestões. O que os clubes brasileiros precisam é de um planejamento, onde não estejam incluídos nem uma parceria e tampouco a venda de atletas. Se por acaso surgirem serão bem-vindas.
A maioria dos clubes baseiam na cota de televisão para montarem seus orçamentos. Esquecem, ou não sabem ou não têm interesse em vários meios mercadológicos, para que cresçam os seus faturamentos: os licenciamentos de produtos, os patrocínios principais e secundários, etc…O que os clubes precisam é criar o seu próprio módulo de sobrevivência e de lucro. Existe um módulo adequado para cada clube. Só falta projetá-lo. Isso depende de dirigentes especialistas e preparados para várias funções que o futebol requer. Dirigentes que tenham mais razão do que emoção. Só assim o balcão de negócios dos clubes será profissional.