Ataque a ônibus do Bahia quase atrapalha acordo com Grupo City

"Nós tivemos protestos na porta da minha casa, já tínhamos tido invasão do centro de treinamento, tínhamos um clima que resultou em bomba no ônibus"

A diretoria do Bahia conheceu nesta última sexta-feira alguns termos da proposta do Grupo City para o Tricolor virar uma SAF

Jogadores do Bahia
Jogadores do Bahia. (Foto: Divulgação/Bahia)

Salvador, BA, 24 (AFI) – A diretoria do Bahia conheceu nesta última sexta-feira (23) alguns termos da proposta do Grupo City para o Tricolor virar Sociedade Anônima do Futebol (SAF).

Na reunião o presidente do clube, Guilherme Bellintani, comentou que alguns acontecimentos quase acabaram com a negociação entre as duas partes. Em janeiro os torcedores protestaram em frente a casa do presidente e em Fevereiro foi o ataque ao ônibus da equipe.

“Nós tivemos protestos na porta da minha casa, já tínhamos tido invasão do centro de treinamento, tínhamos um clima que resultou em bomba no ônibus, que talvez tenha sido o momento mais tenso da nossa negociação. Foi um momento que o investidor estrangeiro olha para cá e pergunta: o que é isso que está acontecendo?” disse o presidente.

Jogadores do Bahia
Jogadores do Bahia. (Foto: Divulgação/Bahia)

BAHIA E GRUPO CITY CONFIRMAM INTERESSE

O Bahia e Grupo City confirmaram em uma nota conjunta que o City Football Group tem interesse em 90% do Tricolor e 10% pertence a associação do clube. Na proposta o Grupo City ofereceu R$ 1 bilhão na SAF, com o dinheiro sendo dividido em R$ 500 milhões para contratar jogadores, R$ 300 milhões para dividas e R$ 200 milhões para infraestrutura, base e giro de capital.

As negociações entre o Bahia e o Grupo City já estão acontecendo desde setembro de 2021, com o presidente fazendo viagens para Inglaterra, o grupo árabe fazendo visitas ao clube e além de muitas reuniões. Mesmo com o Tricolor sendo rebaixando no ano que começou os acordos, não desanimou o interesse dos investidores no clube.

CAMINHO MAIS CONFIAVEL

Guilherme Bellintani preferiu ir pelo caminho mais demorado para fazer a negociações com o Grupo City darem tudo certo em que ambas as partes iriam sair bem no acordo.

“Nós escolhemos o caminho mais completo e cuidadoso possível. Não só em termos jurídicos e financeiros, mas também em termos de proposta”, disse Bellintani.

Mesmo a proposta ainda não tenha sido entregue formalmente, as duas parte querem fechar o mais breve possível o acordo, tanto que o Grupo City já busca profissionais para fazer parte do projeto.

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