Avaí e Figueirense ampliam espaços para torcedores autistas
A iniciativa se junta a ações semelhantes em outros clubes do Brasil e contará com isolamento acústico, paredes sensoriais, banheiros adaptados e acompanhamento especializado.

Campinas, SP, 03, (AFI) – Na última quarta-feira (2), Dia Mundial da Conscientização do Autismo, Avaí e Figueirense anunciaram a criação de camarotes sensoriais em seus estádios, um avanço na inclusão de torcedores com Transtorno do Espectro Autista (TEA). As iniciativas seguem um movimento crescente de clubes brasileiros para tornar o futebol mais acessível e acolhedor para todos.
O AVANÇO DA INCLUSÃO
Os novos espaços da Ressacada e do Orlando Scarpelli foram viabilizados por uma emenda parlamentar do deputado Mário Motta, no valor de R$ 280 mil. Eles terão isolamento acústico, paredes sensoriais, banheiros adaptados e acompanhamento especializado.
— “O futebol é para todos. Queremos que essas pessoas se sintam verdadeiramente em casa dentro do estádio”, destacou o deputado.
A iniciativa se junta a ações semelhantes em outros clubes do Brasil. O Vasco já destina um de seus camarotes a torcedores autistas, enquanto a legislação do Rio de Janeiro obriga estádios, ginásios e arenas com mais de 5 mil lugares a oferecer espaços adaptados.
O Coritiba foi pioneiro no Brasil, inaugurando em 2022 sua Sala de Acomodação Sensorial no Couto Pereira, com tratamento acústico especial para reduzir o barulho da torcida. Palmeiras, Corinthians e São Paulo também contam com ambientes inclusivos em seus estádios.
— “O torcedor autista pode amar o futebol tanto quanto qualquer outro. Só precisa de um espaço adequado para aproveitar a experiência”, disse Henrique Aguiar, gerente de negócios do Coritiba.
EXPANSÃO PELO BRASIL
Em Belo Horizonte, o Mineirão oferece o Camarote TEA, com capacidade para 14 pessoas e vista privilegiada do campo. O Internacional criou a Sala Colorada Inclusiva, equipada com abafadores de ruído e acessibilidade completa.
O Goiás inovou na região Centro-Oeste com um camarote adaptado no Estádio da Serrinha, oferecendo brinquedos, TV e videogames. O Cuiabá, em parceria com o governo estadual, levou crianças autistas para conhecer a Arena Pantanal.
No Nordeste, o Fortaleza disponibiliza abafadores de ruído para torcedores com autismo, e o Sport oferece atendimento especializado na sua sede social.
O Guarani, de Campinas, lançou o projeto StarsTEA, que prevê uma área adaptada no Brinco de Ouro, treinamento da equipe do estádio e aulas de futebol e natação adaptadas para autistas.
FUTURO PROMISSOR
Essas iniciativas mostram que o futebol brasileiro está avançando na inclusão de torcedores neurodivergentes. A criação de espaços adaptados, o treinamento de funcionários e as campanhas de conscientização são passos importantes para que todos possam viver a paixão pelo futebol sem barreiras.
Confira também:
- Figueirense consegue novo prazo para pagar primeira parcela da recuperação judicial
- Carille lamenta empate do Vasco na Sul-Americana: 'Fica amargo'
- CSA anuncia duas contratações para disputa da Série C
- Novorizontino celebra parceria com patrocinador até o final do Paulistão 2026
- Renan é apresentado no Avaí e mira acesso: "Conquistar grandes coisas"