Atlético-MG perto de juntar R$ 90 mil para Wanderley Paiva

A campanha de arrecadação é controlada pelo Instituto Galo e já levantou R$ 84 mil, dinheiro que será destinado ao ex-volante para manter seu tratamento

A carreira de Wanderley Paiva como jogador foi praticamente dividida entre dois clubes: o Atlético-MG e a Ponte Preta, em Campinas

Vanderlei Paiva - Atlético-MG
Vanderlei Paiva: 559 jogos pelo Galo

Campinas, SP, 6 (AFI) – A carreira de Wanderley Paiva como jogador foi praticamente dividida entre dois clubes: o Atlético-MG e a Ponte Preta. Sagrou-se campeão brasileiro pelo time de Minas Gerais, em 1971, depois participou da campanha inesquecível com a Macaca no vice-título paulista de 1977 no famoso triple de meio-campo: Wanderley, Marco Aurélio e Dicá.

Mineiro de Três Corações, Paiva adotou Campinas como sua cidade de coração, mas foi o Galo Mineiro quem abraçou o seu ex-atleta recentemente para ajudá-lo a combater um câncer na próstata.
A campanha de arrecadação é controlada pelo Instituto Galo e já levantou R$ 84 mil, dinheiro que será destinado ao ex-volante para manter seu tratamento, que exige remédios caros. Ele tem gasto perto de R$ 7,5 mil reais por mês somente em medicamentos. A estratégia da direção atleticana é custear este tratamento pelo período de um ano, que seria algo em torno de R$ 90 mil.
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O valor inicial pretendido está quase atingido. Mas quem quiser participar da campanha precisa fazer um pix para (CNPJ:35777212000164)
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PALAVRA DE WANDERLEY PAIVA
Em Campinas, Wanderley Paiva explicou como começou a campanha liderada pelo Atlético-MG.
“Tenho muitos amigos em Belo Horizonte (MG) e um deles comentou no clube sobre as minhas dificuldades para manter meu tratamento de pé. Daí soube do Instituto Galo, que organizou esta campanha com a indicação pessoal do presidente Sérgio Coelho. Só tenho que agradecer ao presidente, à torcida que tem ajudado com contribuições e espero superar esta doença, prolongando um pouco minha vida neste plano”.
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DEZ ANOS NO ATLÉTICO-MG
Já se foram 52 anos da primeira conquista do Atlético Mineiro no Brasileirão, em 1971. Muitos não devem saber alguns detalhes que envolveram Wanderley Paiva com o Galo, onde atuou em todos os jogos daquela campanha sob o comando do técnico Telê Santana.

O time base campeão tinha esta formação: Renato; Humberto Monteiro, Grapete, Vantuir e Oldair (Cincunegui); Vanderlei Paiva e Humberto Ramos; Lôla (Spencer), Ronaldo, Tião (Romeu / Beto) e Dario.

No clube ele atuou ao lado de grandes craques, como o volante Toninho Cerezo e o centroavante Reinaldo. Os números de Wanderley são impressionantes, porque ele defendeu o Galo por 10 anos, de 1966 até 1976. Vestindo a camisa preto e branco, o chamado ‘carregador de piano’ entrou em campo por 559 jogos, com 32 gols. Só fica atrás do goleiro João Leite, com 684.

Atlético Mineiro
Atlético-MG campeão brasileiro de 1971. Foto: Reprodução do CAM

TRIPLÉ DE OURO
Wanderley chegou à Ponte Preta em 1976, após uma rápida passagem pelo América, de São José do Rio Preto. Foi um dos primeiros para formar o super-time de 1997, que disputou o título paulista contra o Corinthians em três jogos.
O ponto forte do time montado pelo técnico Zé Duarte era seu trio de meio-campo, chamado depois de ‘Trio de Ouro’ com Wanderley, Marco Aurélio, que tinha vindo do Fluminense e depois Dicá, que voltou ao clube após passagens por Santos e Portuguesa.

Aquele, até hoje, é considerado o time mais forte da Ponte Preta, que tinha esta formação básica: Carlos; Jair (Picerni), Oscar, Polozi e Odirley; Wanderley, Marco Aurélio e Dicá; Lúcio, Rui Rei e Tuta. Também formou no time vice-campeão paulista de 1999.
Até 1980 ele disputou 290 jogos e marcou 16 gols pela Ponte Preta. Depois passou ainda por Palmeiras, Londrina e Comercial, onde encerrou a carreira, em 1981.

Ponte Preta - vice-campeã paulista
Time-Base da Ponte Preta de 1977. Foto: Reprodução – Arquivo – AAPP

TREINADOR POR 30 ANOS
Após pendurar as chuteiras, Wanderley Paiva virou técnico e dirigiu dezenas de clubes médios durante 30 anos. Começou em 1983 e parou em 2013, no CRAC de Catalão (GO). Ele dirigiu a Ponte Preta por quatro vezes: em 1994; 1996, 2006 e 2009. No Estado de São Paulo ainda passou por União São João, Marília, São José, Comercial, Internacional de Limeira, Juventus e Matonense.
Passou também por clubes como Joinville, Figueirense, Matsubara, Londrina, Patrocinense, Vila Nova-GO, Gama, Anapolina, Ponta Grossa, Roma Apucarana, ASA, Corinthians-AL e Nacional de Manaus.

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