Até que a Ponte se esforçou, mas faltou bola
Perceberam que não adianta pedir apenas espírito guerreiro para que o time da Ponte Preta construa resultado positivo nesta Série B do Campeonato Brasileiro?
Correr, a equipe da Ponte Preta correu durante o primeiro tempo contra o Operário (PR), na noite desta terça-feira em Campinas. Problema é que faltou aquele algo mais pra se chegar ao gol, e assim ficou no empate por zero a zero.
Exigência mínima na montagem de equipes nesta competição tem que ser com três ou quatro ‘peças’ qualificadas e outras tantas que se ajustem a um planejamento bem elaborado.
Como a coisa ficou a ‘deus dará’ até às vésperas desta Série B, é difícil a troca de pneu com o carro em movimento, e agora apenas com paciência para que o treinador Gilson Kleina melhore a condição técnica do time, de forma que consiga fazer campanha razoável, sem susto.
ALTERNATIVAS
Pode-se dizer que Kleina tem procurado alternativas para se virar nos trinta com o material humano que lhe deram.
São mudanças aqui e acolá a procura ajustes.
A carência de qualidade ofensiva implica na escalação do centroavante Rodrigão, mesmo reconhecendo-se que esteja nitidamente fora de forma física.
Todavia, a expectativa do treinador é que seja explorado no cabeceio, tanto que foi aumentada a incidência de bola alçada à área adversária.
Se Rodrigão tem faro para aproveitar bola espirrada em zagueiros, projeta-se que em um ou outro lance ele possa empurrá-la pra rede.
VOLUNTARIEDADE
Enquanto havia reserva física, notadamente durante o primeiro tempo, o time pontepretano foi intenso na marcação e transição rápida ao ataque.
Isso assustou o Operário, que provavelmente não esperava aquela pressão, tanto que seus jogadores perdiam a bola até com facilidade quando tentavam se organizar em campo.
Foi válida a tentativa de se iniciar a partida com Josiel e Richard, como atacantes de beirada.
Afinal, Niltinho não tem correspondido, enquanto Moisés, com desconforto muscular, ficou no banco, e só entrou aos 20 minutos do segundo tempo.
A rigor, foi dele a segunda tentativa de a Ponte chegar ao gol durante todo segundo tempo, quando ‘limpou’ dois adversários, mas o chute fraco facilitou a defesa do goleiro Thiago Braga.
APAGADO
Afora isso, no apagado segundo tempo da Ponte Preta, com jogadores desgastados fisicamente pela intensidade praticada até o intervalo, chance apenas mais uma: tentativa de voleio de Richard, já dentro da área, com erro de pontaria.
Apesar da intensidade ofensiva da Ponte Preta durante o primeiro tempo, registro apenas para uma chance preciosa de gol desperdiçada pelo volante Locatelli, logo aos dois minutos, quando recebeu passe açucarado do lateral-direito Kevin, do fundo de campo, e errou bastante na finalização.
OPERÁRIO
Mesmo com irregularidade, a Ponte desperdiçou chance de sair vencedora, visto que nem de longe o time do Operário apresentou futebol convincente de outras jornadas.
Vários de seus jogadores atuaram em plano técnico bem abaixo de suas reais possibilidades.
Se o meia Tomaz saiu no intervalo, não seria exagero se o treinador Matheus Costa também sacasse o decadente atacante Rodrigo Pimpão e meia Tomas Bastos durante o intervalo, mas optou apenas pelo primeiro, tirando os demais apenas aos 19 minutos do segundo tempo.
O bom lateral-esquerdo Djalma Silva praticou futebol discreto, apenas se soltando em parte do segundo tempo.
A rigor, foi dele, através de cobrança de falta, um dos raros momentos em que o time paranaense ameaçou, pois exigiu segura defesa do goleiro Ygor Vinhas.
Centroavante Paulo Sérgio, agora do outro lado?
Aquilo que sempre.