Associados são suspensos por 18 meses após protesto e Paulista vive crise política
Há um pedido de afastamento do atual presidente do clube, Rodrigo Alves
Jundiaí, SP, 11 (AFI) – O clima no Paulista não é dos melhores. No último 11 de setembro, associados e conselheiros participaram de um protesto antes da reunião do Conselho de Administração. O objetivo foi pedir a saída do presidente Rodrigo Alves. Um mês depois, vários deles receberam cartas de suspensão de 18 meses.
“Como medida disciplinar deliberamos aplicar-lhe uma suspensão de 18 meses, que tem início em 29/09/2023 e término no dia 29/03/2025. A aplicação da penalidade foi definida de forma unânime em reunião da diretoria executiva realizada em 16 de setembro de 2023”, diz parte da notificação encaminhadas a várias pessoas. A punição, segundo os comunicados, foi com base nos artigos 14 “B”, “C” e 15 “A”.
Artigo 14 “B”: “É passível de pena de suspensão o associado que atentar, por ação ou omissão, contra o conceito público do Paulista”.
Artigo 14 “C”: “É passível de pena de suspensão o associado que promover discórdia entre os associados”.
Artigo 15 “A”: “É passível de pena de exclusão o associado que trouxer desarmonia, prejudicar moral ou materialmente o Paulista ou agredir, física ou moralmente, outro associado ou cidadão que não integre o quadro social da associação, dentro das dependências da associação”.
O Portal Futebol Interior conversou com Marco Zuffo, ex-diretor de futebol e jurídico do Paulista, para entender melhor a situação.
“Esse presidente foi empossado em 2020. Nesses 3 anos, foram 2 rebaixamentos. Conseguiu se reeleger inventando um “investidor” que iria aportar 100 milhões no clube três dias antes da eleição. Depois, foi descoberto que esse investidor tinha vários processos judiciais, inclusive de estelionato, foi um engodo. Tudo o que é feito no clube é obscuro, não tem balanços, prestação de contas. De 20 conselheiros ele conseguiu trocar 11 que o apoiam. Realmente o clube está em uma situação difícil“, resumiu Zuffo.
Com essa situação, Zuffo ainda revelou que há um pedido de afastamento do presidente Rodrigo Alves. “Tem um pedido de afastamento dele com o presidente do conselho. Se não sair, somente em dezembro de 2024”, disse, se referindo à próxima eleição.
CONFIRA O TEXTO DE MARCO ZUFFO, NA ÍNTEGRA:
“DITADURA INSTALADA EM JAYME CINTRA !!!!!!!!!
Associados e Conselheiros do Paulista Futebol Clube, que participaram do protesto pacifico no dia 11 de setembro antes da reunião do Conselho de Administração pedindo a saída do presidente Rodrigo Alves, estão recebendo notificações de suspensão de 18 meses do clube por terem usado do direito democratico e legítimo de manifestação.
Parece inacreditável que um clube de 114 anos, com uma história linda de conquistas, com certeza o maior patrimônio histórico de Jundiaí, tenha tomado essa decisão arbitrária pelas mãos de um presidente inapto e despreparado para exercer um cargo tão importante.
Esse presidente parece não entender, que esse clube centenário não é propriedade dele e nem dessa diretoria mediocre formada por ele, esse clube maravilhoso e com uma história tão bela é patrimônio de seu torcedor, da cidade de Jundiaí, do estado de São Paulo e do Brasil.
O mais curioso de tudo isso, é que esse “rapaz” antes de assumir a presidência do clube, foi presidente de uma torcida uniformizada, onde o mesmo chutava portões, soltava bombas dentro do estádio , acusava todos ex-dirigentes de ‘ladrões’, e hoje não aceita críticas.
Nesses quase 3 anos de exercício do cargo, para se falar de futebol, mesmo disputando a última divisão do futebol Paulista, ficou em 10º lugar no primeiro ano, 13º no segundo ano e 27º colocado nesse ano sendo rebaixado para a 5º divisão e última divisão.
Fora do campo foi ainda pior, cedeu o estádio para o Palmeiras por 2 anos pela troca da grama, onde as categorias de base não podem jogar ou treinar, onde o time profissional também não pode treinar mas apenas jogar, ou seja, não temos nosso estádio por esse período.
As categorias de base também cedeu para terceiros, se recusando a apresentar o contrato com o nome dos tais “parceiros”.
Para se reeleger em 2022 apresentou um “investidor” a 1 dia da eleição, que informou que iria aportar R$ 100.000.000 milhões de reais, se descobrindo após que o tal investidor não tinha lastro financeiro algum, sendo proprietário de um negócio de unhas em um hipermercado da cidade. Se fôssemos elencar todos os desastres teríamos dificuldades para otimizar o tempo desse post.
Agora a pergunta que fica no ar , porque o Conselho não afasta essa caricatura do presidente? Ora, não me venham com a história malhada de ” quem vamos colocar no lugar ? coloque um poste, peçam afastamento da FPF, para passar mais vergonha e mais dividas, melhor um ano sabático com pessoas preparadas e com capacidade de assumir o clube do que uns despreparados e talvez situação mais grave que possa estar por trás disso.”
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