Assistir os jogos da Série B é um bom caminho para reflexão

Para o Guarani, oxalá prevaleça a máxima de que cada jogo tenha a sua história, pois se o Brusque repetir o futebol mostrado diante do competitivo Grêmio, vai endurecer no domingo.

Devido a campanha empobrecida do Guarani, seria, sim, chance de ter saído com três pontos de Chapecó. E terminou na zona do Z-4

chapecoense guarani
Guarani foi tímido contra a Chape. Foto: GFC

Campinas, SP, 21 (AFI ) – Amigo conselheiro do Guarani há quase 40 anos (preservo o nome) me adverte:
“Ari, como você afirma que o Brusque pode oferecer mais resistência de que a Chapecoense?”

Respondo que procurei me respaldar naquilo que vi das duas equipes nas partidas disputadas semana passada, mas o lembrei que cada jogo tem a sua história.

Apesar da instabilidade do Guarani, não havia observado absolutamente nada neste time da Chapecoense contra o Náutico, a partir do momento que perdeu o seu melhor jogador por lesão, o atacante Derek.

Logo, devido à campanha empobrecida do Guarani, seria, sim, chance de ter saído com três pontos de Chapecó.

BRUSQUE

Para o Guarani, oxalá prevaleça a máxima de que cada jogo tenha a sua história, pois se o Brusque repetir o futebol mostrado diante do competitivo Grêmio, a tendência será endurecer na manhã deste domingo, em Campinas.

Analista de futebol tem por obrigação acompanhar jogos de futuros adversários das equipes de Campinas, exatamente para identificar características, pontos fortes e fracos de cada um, e expô-los.

Exercer a função de analista pra citação do óbvio, apenas acompanhar o sopro do vento, francamente não é comigo, após processo de aprendizado com renomados treinadores nos meus tempos de repórter.

DEFICIÊNCIA DO NÁUTICO

E o mesmo conselheiro bugrino, na sequência da conversa, também me recriminou quando antevi que a bola aérea defensiva do Náutico é extremamente deficiente.

“Ari, isso é função do treinador e membros da comissão técnica da Ponte observarem. Agindo assim você exerce o papel de palpiteiro”.

Palpiteiro, vírgula! Foi a forma que retruquei.

No caso específico da Ponte Preta, nem precisaria ensinar o ‘padre nosso’ pro vigário.

Claro que o seu treinador Hélio dos Anjos teve a clara percepção que poderia explorar a fragilidade da bola aérea defensiva do Náutico.

Se por aí Dos Anjos não recebeu elogios para sábia conduta de insistir nesta jogada, como não reconhecer o acerto, a começar pela escolha do atacante mais talhado ao cabeceio, caso de Da Silva, na ausência de Lucca?

Convém recapitular que no primeiro tempo, quando o sonolento zagueiro Carlão, do Náutico, marcava a sua própria sombra, Da Silva subiu sozinho e a bola testada passou rente à trave esquerda.

No segundo tempo, em disputa de bola pelo alto, Da Silva cabeceou pra fora.

TEM MAIS CABECEIOS

Calma, não para por aí a insistência de jogada aérea ofensiva da Ponte Preta.

Se até Arthur e Wallisson, que não tem características de cabeceadores, provocaram, pela ordem, defesa do goleiro Lucas Perri e bola no travessão, estava amadurecendo o gol da Ponte Preta pelo alto.

E veio quando o zagueiro Fábio Sanches ganhou jogada pelo alto, testou para o interior da área, justamente onde estava o garoto Eliel: gol.

ÓBVIO ULULANTE

Em futebol, concordo que são poucos – inclusive entre treinadores – aqueles que conseguem ter pleno discernimento sobre a ‘dança das peças no gramado’, e nem por isso as pessoas devem ser recriminadas, porque é tarefa difícil.

Requer tempo observando sucessivamente a bola rolar e ser privilegiado ao trabalhar com treinadores que sabiam tirar o ‘coelho da cartola’, proporcionando sábios ensinamentos.

Agora, a vulnerabilidade da defesa do Náutico na bola aérea não requer conhecimento de estratégia.

Basta olhar o jogo e constatar.

Portanto, diferentemente do imaginado pelo amigo conselheiro do Guarani, não cantei a bola para o treinador Hélio dos Anjos.

Ele viu, como outras pessoas que se dispusessem a assistir à partida do Náutico contra a Chapecoense viram.

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