Às vésperas de Olimpíada, Japão flexibiliza estado de emergência em Tóquio

O primeiro-ministro Yoshihide Suga informou que manterá algumas restrições no Japão, como a limitação de torcedores nas competições durante os Jogos

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Foto: Divulgação / Jogos Olímpicos

Campinas, SP, 17 – Às vésperas de Olimpíada de Tóquio, o governo japonês anunciou nesta quinta-feira que vai flexibilizar o estado de emergência que vigora em Tóquio e em outras cidades do país em razão da pandemia. O primeiro-ministro Yoshihide Suga informou que manterá algumas restrições no Japão, como a limitação de torcedores nas competições durante os Jogos, que começam no dia 23 de julho.

NOVO SURTO?

O político admitiu que é real o temor de que a Olimpíada inicie um surto de covid-19 na capital. “O mais importante é continuar com nossas políticas com senso de urgência para prevenir a proliferação das infecções. Ao mesmo tempo, temos que manter nossos esforços de vacinação para evitar o colapso do sistema médico”, declarou Suga, em entrevista coletiva.

O Japão tem se esforçado desde o final de março para desacelerar a onda de casos de covid-19 no país, impulsionado por variantes mais contagiosas, com até 7 mil novos casos por dia. Ao mesmo tempo, pessoas infectadas vêm lotando os hospitais de Tóquio, Osaka e outras áreas metropolitanas.

QUEDA NOS CASOS

Nos últimos dias, os casos sofreram uma queda significativa, o que abriu caminho para a decisão anunciada pelo primeiro-ministro. Assim, ele vai começar a flexibilizar o estado de emergência no domingo, dia 20, faltando pouco mais de 30 dias para o início da Olimpíada.

A princípio, as medidas mais flexíveis vão durar até 11 de julho, quando haverá nova avaliação sobre a situação da pandemia no país. Suga explicou que as medidas vão se concentrar no fechamento antecipado de bares e restaurantes. Se outro surto ocorrer e sobrecarregar os hospitais, “tomaremos providências rapidamente, incluindo o fortalecimento das medidas”, avisou o primeiro-ministro.

A flexibilização não afeta a decisão anterior de vetar a presença de torcedores estrangeiros nos Jogos de Tóquio, algo sem precedentes na história olímpica.