Ari na Copa: Richarlison é destaque e Neymar em função errada
O golaço de voleio do atacante Richarlison foi a coisa mais bonita que ocorreu até agora. Um desperdício Neymar jogar recuado, longe da área.
Evidente que uma largada triunfal na competição enche a equipe de brio e confiança, mas nem por isso é motivo de êxtase
Campinas, SP, 24 (AFI) – O golaço de voleio do atacante Richarlison foi a coisa mais bonita que ocorreu até agora na Copa do Mundo do Catar, na vitória brasileira sobre a Sérvia por 2 a 0, na tarde desta quinta-feira (horário de Brasília), naquele país.
Evidente que uma largada triunfal na competição enche a equipe de brio e confiança, mas nem por isso é motivo de êxtase e já projetarem caminhada rumo ao título.
Uma coisa é se candidatar ao objetivo; outra é julgar que esteja em patamar bem superior a competidores como Espanha, Inglaterra e França.
Se o Brasil sobrou no segundo tempo nesta quinta-feira, e o placar poderia ter sido mais elástico se chances criadas fossem convertidas, considere que fisicamente a seleção da Sérvia ‘pregou’, diferentemente do primeiro tempo quando foi mais competitiva, fechou bem os espaços defensivos, e permitiu apenas duas chances reais aos brasileiros, desperdiçadas por Vini Júnior e Rafinha.
Como Suíça e Camarões, também integrantes do grupo, mostraram-se tecnicamente inferiores à Sérvia, a projeção natural é de mais duas vitórias do Brasil nesta primeira fase.
Independentemente de a Sérvia não dispor de jogadores de velocidade e apurados recursos técnicos em seu ataque, há que se ressaltar a atuação segura do sistema defensivo brasileiro, que se impôs até no jogo aéreo, o ponto forte do adversário.
NEYMAR EM LUGAR ERRADO
O posicionamento do atacante Neymar mais recuado, para organização de jogadas, é um desperdício.
Eventualmente essa situação até pode ser aplicada circunstancialmente, mas transformá-la em regra não é conveniente.
Quem dispõe de atleta com habilidade como ele, para se desvencilhar da marcação, o recomendável é usá-lo mais próximo da área adversária, para, em última análise, sofrer faltas nas imediações e até pênalti.
De prático favorável à Seleção Brasileira, considere a disponibilidade de valiosas opções na reserva, o que permite avalanche ofensiva preocupante ao adversário durante as trocas feitas pelo treinador Tite.