Ari na Copa: Deu apenas pro gasto na vitória do Brasil
O erro estratégico de Tite foi não ter adotado marcação alta na saída de bola do adversário. O treinador assistiu inerte a extrema lentidão do Brasil.
Com certeza, essa Suíça que vimos nesta segunda-feira, na Copa do Catar, não ganharia do organizado Palmeiras. Sem desmerecer.
Campinas, SP, 18 (AFI) – Copa do Catar. Parafraseando antiga propaganda da empresa ‘Freios Vargas’, a pergunta que se coloca ao treinador da Seleção Brasileira, Tite, é a seguinte: ‘e precisava de tudo isso’?
Precisava o time sofrer tanto pra ganhar da Suíça por magro 1 a 0 ?
Com certeza, essa Suíça que vimos nesta segunda-feira, na Copa do Catar, não ganharia do organizado Palmeiras.
Desmerecendo a vitória do Brasil?
Não. Apenas realista, considerando-se que, numa projeção natural, em fases subsequentes, adversários vão mostrar mais resistência, e o time brasileiro vai ter que mostrar muito mais para atingir os objetivos.
TITE
O erro estratégico do treinador Tite foi não ter adotado marcação alta na saída de bola do adversário.
Ele imaginou uma Suíça saindo de trás com a bola, querendo se encorajar no campo ofensivo, e com isso oferecer espaços para tentativa de surpreendê-la com jogadas de velocidade.
Durante dois terços do jogo, a estratégia não deu certo. A Suíça só saía de trás na ‘boa’, e com futebol bem burocrático de toque de bola para atleta desmarcado, com finalidade de seguir a proposta de se evitar o erro.
Com aquele comportamento dos europeus, havia prevenção para que a defesa não ficasse desarrumada, quando a equipe brasileira recuperasse a posse de bola.
Enquanto isso, ao lado do banco de reservas do time brasileiro, o treinador Tite assistia inerte a extrema lentidão de sua equipe, e isso se prolongou na maioria do jogo, o que possibilitou recomposição rápida dos suíços.
Logo, eles pautaram pela obediência tática orientada pelo treinador Murat Yakin, para que fosse duplicada a marcação nas jogadas que o Brasil tentava organizar pelos lados do campo, principalmente através de Vini Júnior.
Naquele cenário, o selecionado brasileiro criou apenas uma chance durante o primeiro tempo, quando o atacante Rafinha, da direita, fez virada de jogo para esquerda, mas Vini Júnior finalizou de coxa e facilitou a defesa do goleiro Sommer, aos 26 minutos.
IMPEDIMENTO
Como o Brasil não engrenava na partida, o seu torcedor extravasou quando em jogada de velocidade Vini Júnior enfrentou o goleiro com frieza, aos 27 minutos do segundo tempo, colocando a bola no canto esquerdo baixo.
Entretanto, foi uma alegria que durou muito pouco, pela velocidade no processo de checagem do VAR, que flagrou o atacante Richarlison voltando do impedimento, para participar da jogada, e assim o gol foi anulado.
CASEMIRO
Como a equipe brasileira passou a encurralar o adversário a partir do 30º minuto do segundo tempo, outra jogada de Vini Júnior foi decisiva, pois o volante Casemiro o acompanhou e finalizou com sucesso, após receber o passe: 1 a 0, aos 37 minutos do segundo tempo.
E ainda dos pés de Vini Júnior surgiu a chance da vantagem ser ampliada, quando ele serviu Gabriel Jesus – que havia substituído Richarlison -, mas um defensor da Suíça travou o chute.
Outra certeza para quem tem birra do machucado atacante Neymar, é que ele faz muita falta ao time.
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