Ari na Copa: Após o 'chocolate' inicial, o Brasil se poupou
Depois do 'chocolate' no primeiro tempo, o Brasil se poupou já pensando na Croácia, nosso adversário nas quartas de finais no Catar
Os coreanos mostraram ingenuidade nos dois primeiros gols do Brasil, mas tem-se que considerar a impetuosidade dos brasileiros
Campinas, SP, 5 (AFI) – A forma avassaladora com que a Seleção Brasileira construiu a goleada sobre a Coreia do Sul por 4 a 1, nesta segunda-feira, a credencia sim como candidata à briga pelo título desta Copa do Mundo do Catar.
Se os coreanos mostraram ingenuidade nos dois primeiros gols do Brasil, até os 12 minutos do primeiro tempo, tem-se que considerar a impetuosidade dos jogadores brasileiros nas respectivas jogadas.
Depois disso, durante o primeiro tempo, o Brasil deu as cartas na partida, e assim desnorteou o sistema defensivo adversário.
RAFINHA
Com seis minutos de jogo, o atacante Rafinha, se desvencilhou de adversários e ainda constatou a chegada do outro atacante Vini Júnior, livre de marcação, no lado oposto, já dentro da área, visto que jogadores coreanos de marcação se concentraram próximo de seu goleiro, permitindo, portanto, que a finalização fosse certeira.
PÊNALTI
A ingenuidade do coreano Woo-Young, no lance em que cometeu pênalti, foi flagrante.
Quando aparentemente tinha a bola sob controle, não percebeu a aproximação do atacante brasileiro Richarlison na disputa, que habilmente colocou o pé à sua frente, ocasião em que, na tentativa de chutar a bola, acertou o adversário e cometeu o lance faltoso que Neymar converteu.
DESNORTEADOS
Tamanha desvantagem desnorteou a equipe coreana, que se atirou ao ataque e deixou buracos no seu compartimento defensivo, explorados pelo bem distribuído time brasileiro.
Se o goleiro Alisson praticou defesa difícil em chute forte com endereço de seu ângulo superior esquerdo, a troca de bola brasileira fez o time ampliar a vantagem, quando o zagueiro Thiago Silva colocou Richarlison na cara do gol, para que a jogada fosse complementada em leve toque, aos 29 minutos.
E como os brasileiros trabalhavam bem a bola no ataque, Vini Júnior teve a percepção da chegada do meio-campista Paquetá, para que o chute fosse certeiro, aos 36 minutos.
E se o mesmo Paquetá e Richarlison não desperdiçassem outras chances reais, a vantagem seria ainda maior.
ADMINISTRAR
Com sabedoria, o time brasileiro se poupou visivelmente durante o segundo tempo, pra reservar energias visando ao jogo da próxima sexta-feira diante da Croácia, válido pelas quartas de final.
Foi um comportamento válido, principalmente porque o próximo adversário do Brasil ficou desgastado por ter enfrentado uma prorrogação diante do Japão, em jogo que a definição do classificado ocorreu apenas através de cobranças de pênaltis.
Logo, foi dado espaço para que a Coreia do Sul pudesse trabalhar melhor a bola, mas isso se restringia até as proximidades da área brasileira.
A partir dali, como o time asiático carecia do driblador e o Brasil soube se organizar adequadamente na defensiva, o gol de honra só ocorreu através de forte chute de Paik, de fora da área, aos 31 minutos do segundo tempo.
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