Argentino que trabalha na base do Palmeiras passa três horas sequestrado

Após ser liberado, os bandidos providenciaram um carro, supostamente de aplicativo, para levá-lo de volta ao hotel em que estava hospedado, na Barra Funda.

O argentino teve o celular e os cartões de créditos roubados

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Richard Pabon teve seus pertences roubados (foto: divulgação)

São Paulo, SP, 10 – O argentino Richard Walter Pabon, mais conhecido como Ricardo Pabon, treinador específico do Palmeiras até as categorias sub-16, ficou sob o poder de bandidos por três horas, nesta quinta-feira, após ser vítima do “golpe do amor”. Colaborador do clube alviverde, o profissional de 52 anos teve pertences roubados e dinheiro subtraído da conta bancária por uma quadrilha após sair para um encontro com uma mulher, identificada como Anny Oliveira, em Itaquera, na zona leste de São Paulo. Ele não se feriu e, após o ocorrido, registrou Boletim de Ocorrência (B.O.) no 49ª DP da Polícia Civil (São Mateus).

DETALHES SO SEQUESTRO

Ricardo Pabon relatou à polícia que este seria o seu terceiro encontro com Anny. Segundo o B.O ao qual o Estadão teve acesso, o argentino solicitou um carro de aplicativo em frente a um hotel na Barra Funda, na zona oeste, com destino ao bairro Cidade Tiradentes, na zona leste, onde encontraria a mulher. Durante a viagem, ele confidenciou que trabalhava no Palmeiras ao motorista, que também prestou depoimento. Ao chegarem no local indicado, eles aguardaram Anny por cerca de 15 minutos quando dois automóveis se aproximaram e indivíduos abordaram a dupla. No registro não foi informado o uso de arma de fogo durante o crime.

Ainda de acordo com o documento, o motorista do carro solicitado por Pabon foi colocado no banco de trás do próprio veículo e ficou sob o poder de três criminosos, enquanto o colaborador do Palmeiras foi levado para um outro automóvel ocupado por cinco bandidos. Os integrantes da quadrilha realizaram a ação encapuzados e usando luvas para evitar serem reconhecidos ou deixar rastros de impressões digitais.

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Richard Pabon teve seus pertences roubados (foto: divulgação)

LIBERAÇÃO DO ARGENTINO

Enquanto estava sob o poder dos bandidos, Ricardo também teve o rosto coberto por um capuz e teve valores movimentados em sua conta bancária. O treinador chegou a receber telefonemas de amigos durante o sequestro. Ele foi orientado a atender às ligações e fingir que estava bem, falando que estava no Shopping Itaquera. Após ser liberado, os bandidos providenciaram um carro, supostamente de aplicativo, para levá-lo de volta ao hotel em que estava hospedado, na Barra Funda. O celular e os cartões de crédito do argentino foram roubados. O valor movimentado na conta do argentino não foi especificado no boletim de ocorrência.

O motorista de aplicativo foi levado pelos bandidos até uma região próxima ao Aeroporto de Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo, onde foi liberado. Os criminosos roubaram dois celulares do homem, além de uma câmera utilizada no painel do carro e R$ 250,00. Ele também foi ameaçado para não relatar o caso à polícia.

A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil para novas informações referentes à ocorrência, mas não obteve resposta até a publicação da matéria. Procurado, o Palmeiras informou que não vai se manifestar sobre o assunto.

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