Árbitro relata homofobia em Vasco x São Paulo e time carioca pode perder pontos

No segundo tempo, parte do público presente entoou o canto "time de v...", atitude que pode render punições ao Vasco

No segundo tempo, parte do público presente entoou o canto "time de v...", atitude que pode render punições ao Vasco

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Rio de janeiro, RJ, 26 (AFI) – O árbitro Anderson Daronco relatou neste domingo na súmula da partida entre Vasco e São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro, em São Januário, a ocorrência de um ato homofóbico praticado pela torcida do time carioca.

No segundo tempo, parte do público presente entoou o canto “time de v…”, atitude que pode render punições, como a perda dos pontos conquistados dentro de campo.

Daronco advertiu:
Daronco advertiu: “viado não pode…”

PARALISAÇÃO PELA TORCIDA
A súmula, publicada no site da CBF, consta que o árbitro inclusive paralisou a partida para interromper o canto homofóbico.

“Aos 19 minutos do segundo tempo, a partida foi paralisada para informar ao delegado do jogo e aos capitães de ambas as equipes a necessidade de não acontecer novamente e para informar no sistema de som do estádio o pedido para que os torcedores não gritassem mais palavras homofóbicas“, diz o texto.

TÉCNICO E CAPITÃES
Daronco conversou primeiramente com o técnico do Vasco, Vanderlei Luxemburgo, que prontamente se virou para as arquibancadas e pediu para os torcedores pararem com as manifestações.

Dentro de campo, a equipe carioca venceu por 2 a 0, com gols no segundo tempo marcados por Talles Magno e Fellipe Bastos e se afastou das últimas posições na tabela.

Talles Magno, aos 17 anos, comemora 1º gol como profissional

Talles Magno, aos 17 anos, comemora 1º gol como profissional

RECOMENDAÇÃO DO STJD
A ocorrência de atos homofóbicos pode punir os clubes a partir desta rodada. Na segunda-feira, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) recomendou que as atitudes preconceituosas passassem a ser relatadas.

Os casos podem render a perda de três pontos, pois devem ser enquadrados no artigo 243-G do Código Disciplinar (praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência).

PELA CONSCIENTIZAÇÃO
Na última semana, o Estado procurou os 20 clubes da Série A. A maioria deles manifestou ser contra receber punição por atitudes da torcida e prometeu realizar campanhas de conscientização para não correr o risco de possíveis penalidades.

Em nenhuma outra partida da rodada foi registrada até agora um outro incidente do mesmo tipo.