Árbitro relata e Goiás pode ser punido por homofobia da torcida

Gritos homofóbicos da torcida contra goleiro do Londrina podem render punições ao time goiano

Gritos homofóbicos da torcida contra goleiro do Londrina podem render punições ao time goiano

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Goiânia, GO, 03 (AFI) – A postura da torcida esmeraldina no confronto entre Goiás e Londrina na última terça-feira, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro Série B, poderá render punição. O árbitro do confronto, Antônio Dib Morais-PI, relatou gritos homofóbicos contra Vagner, goleiro do Londrina. Confira na íntegra:

“Aos 35 minutos do 1º tempo, no momento em que era mostrado um cartão amarelo ao goleiro da equipe do Londrina EC. sr. Vagner Antonio Brandalise, e a partida sendo reiniciada, a torcida do Goiás EC. começou a gritar ” goleiro viado, goleiro viado” isso ocorreu no período de 36 a 39 minutos do 1º. tempo. Cabe informar que no intervalo da partida, o telão no estádio solicitou aos torcedores que não mais fizessem esse tipo de ação. O 2º tempo transcorreu sem mais nenhuma atitude hostil da torcida”.

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Em entrevista à rádio Sagres 730, o advogado do Goiás, João Vicente, repudiou a atitude da torcida. “É uma premissa do clube a educação não só torcedor, mas sim do cidadão com relação a qualquer tipo de preconceito, intolerância e diferença. Isso vem desde as categorias de base do clube, e lógico, se livrar de uma punição no STJD é uma consequência disso”, disse.

Ele acredita também que o clube não deverá ser punido pelo ocorrida. A multa, segundo explica João, pode variar de R$ 100,00 até R$ 100,00 mil.

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“Provavelmente por constar na súmula e conhecendo o histórico da procuradoria do STJD, vai ser feita uma denúncia contra o Goiás, mas por tudo o que a gente tem feita e pela baixíssima gravidade do ocorrido, tenho certeza da absolvição do Goiás”, afirma.

O advogado também falou que está conversando com o departamento de marketing do clube para fortalecer as campanhas contra racismo e homofobia nos jogos.

“Não tenho dúvidas que esse tipo de caso deve aumentar no STJD, até porque o árbitro hoje trabalha com uma pressão muito grande e qualquer coisa que aconteça na arquibancada, que não for relatado, ele próprio pode ser punido”, finalizou.