Salvador, BA, 11 (AFI) – Marcelo Chamusca viveu uma semana conturbada. Apalavrado com o Oeste, o técnico foi anunciado pelo clube dia 3 de dezembro, mas teve seu ‘trabalho interrompido’ no dia 6, quando foi contratado pelo Vitória também para disputar a Série B do Campeonato Brasileiro. O treinador, apresentado na última segunda-feira em Salvador, aproveitou a ocasião para pedir desculpa ao time paulista e falou em ficar perto da família.

“No lugar deles também ficaria chateado. Até certo ponto, é interessante esclarecer. Como falei, já existia uma relação nossa com o Vitória. E essa relação, após o término do Campeonato Brasileiro, ela continuou. Houve conversas, mas não chegamos ao ponto de negociar. A gente tinha algumas tratativas, que eram feitas pelo meu representante. Quando apalavrei com o presidente do Oeste, a quem peço desculpas publicamente, porque aceitei compromisso. A gente teve uma palavra. Houve um equívoco de comunicação, que fez com que eu apalavrasse onde tinha um representante conversando com o Vitória”, revelou.

O treinador de 52 anos é natural de Salvador e confessa que um dos principais pontos para aceitar o trabalho no clube baiano é ficar perto de sua família, principalmente o pai, que já está com 87 anos. “O maior ponto positivo era o pessoal, que teria a oportunidade de trabalhar onde está a minha família, o meu pai tem 87 anos. Falei diretamente com o presidente do Oeste. Acho que foi a melhor decisão e estou muito feliz”, completou.

FUTURO

Marcelo Chamusca não quis dar detalhes logo na sua apresentação, mas confessa que o elenco do Vitória vai precisar passar por uma reformulação para disputar a Série B. O treinador, porém, não quis entrar no mérito de quantos reforços estão a caminho de Salvador: “Não vou dizer números. Existem carências e vamos ter que pontuar. E nós vamos pontuar. O presidente está consciente, o presidente, a diretoria e todo mundo”, declarou.

O treinador também se mostrou excitado com o trabalho no cube: “Sei da responsabilidade que vamos ter daqui em diante. O desafio é grande e a oportunidade e visibilidade são proporcionais ao desafio que vamos enfrentar. Um dos motivos de ter aceitado é essa estrutura que o clube tem, na organização administrativa e a força e história que tem essa camisa. E também por ter trabalhado no clube por quatros e ter iniciado minha carreira. Eu tenho esse aspecto no meu perfil que é ser grato. E o Vitória me deu essa chance em 1994”, afirmou.