Após denúncia do MP, torcedores do São Paulo pedem separação do futebol e estrutura social
Os torcedores usaram a #SeparaSãoPaulo e invadiram os comentários das contas do clube e de postagens pessoais para pedir a ruptura
Campinas, SP, 02 (AFI) – Após as denúncias contra oito pessoas sob acusação de fraudes na gestão de Carlos Miguel Aidar, que presidiu o São Paulo entre 2014 e 2015, que foram apresentadas pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, os torcedores do time se mobilizaram nas redes sociais para pedir a separação entre o futebol e a estrutura social do clube.
Os torcedores usaram a #SeparaSãoPaulo e invadiram os comentários das contas do clube e de postagens pessoais para pedir a ruptura. Nesta sexta-feira (1), a frase esteve entre as mais comentadas do Twitter. Essa ideia de separação já é um caso antigo no Morumbi.
No ano de 2018 o Conselho de Administração do São Paulo, discutiu um projeto que viabilizava essa condição. Ele previa que uma empresa fosse criada para cuidar da administração do time profissional, estádio do Morumbi, centros de treinamento, categorias de base, patrocínios, licenciamento e tudo que tivesse relação com o futebol.
O projeto
A ideia era dividir os dois segmentos da seguinte forma: sempre que o futebol desse lucro, uma parte dos valores seria devolvido ao clube social. Quando houvesse algum tipo de prejuízo, a empresa se encarregaria de absorvê-lo. A inspiração do projeto foi o Bayern de Munique, que criou uma empresa para que ela cuidasse do futebol, mas com controle acionário do clube.
A pessoa que ocupasse cargos eletivos no clube social não poderia ter cargos na empresa que cuidaria do futebol. O Conselho de Administração nomearia o CEO da empresa e os diretores de cada área.
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A inviabilidade de colocar o projeto em prática
O ex-presidente do time, José Eduardo Mesquita Pimenta, foi nomeado para que ele comandasse a comissão responsável por analisar o caso. Porém, em abril de 2018, tendo como motivo as questões tributárias, ele julgou o projeto inviável.
O projeto inicial passou por alterações e ainda seguiu para uma nova análise do Conselho de Administração, entretanto, não houve nenhum prosseguimento nos trâmites internos do clube. No ano de 2019, o ex-presidente do clube, Leco, fez um convite para o então presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para que ele visitasse o CT da Barra Funda.
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Naquele período Rodrigo mantinha conversas sobre um projeto de lei que pretendia gerar incentivos aos clubes que estivessem interessados em criar empresas que pudessem gerir o departamento de futebol profissional. Porém, o clube reforça que a atual diretoria não prevê, por enquanto, tal atividade.