Após 26 minutos convincentes, Ponte quebra ritmo e perde chance de liquidar vaga
Ponte goleia
Após 26 minutos convincentes, Ponte quebra ritmo e perde chance de liquidar vaga
Na postagem abaixo registro sobre a competência do treinador Eusebio Di Francesco, da Roma, que estudou alternativa no jogo aéreo com bola rolando para atingir o objetivo sobre o Barcelona, na goleada por 3 a 0.
Eusebio preparou o seu time com quatro ou até cinco jogadores para o cabeceio em bolas cruzadas em direção à zona que compreende a extensão da linha da pequena área. Deu certo.
O futebol apresentado pela Ponte Preta diante do Náutico até os 26 minutos do primeiro tempo, na noite desta quarta-feira, no Estádio Moisés Lucarelli, foi de lavar a alma de seu torcedor.
No mínimo há uns seis meses não se via a postura de quem estava predisposto a amassar o adversário neste jogo válido pelo Copa do Brasil.
Durante aquele período o que se viu foi toque fluente de bola, visão de jogo, lançamentos, ousadia de atacantes e a mínima chance de o adversário criar embaraço.
Reflexo daquilo foi a construção da goleada por 3 a 0, e uma expectativa de que o placar fosse dilatado para que a vaga fosse consolidada independentemente do jogo da volta, em Recife.
Problema é que a boleirada da Ponte, ao constatar as limitações do adversário e deduzir que a vantagem jamais seria ameaçada, reduziu o ritmo forte que havia imposto à partida, e sugeriu que a vantagem fosse administrada.
PAULINHO
Até então, credite como um dos aspectos fundamentais ao rendimento satisfatório da Ponte Preta à movimentação do volante Paulinho.
Além da aceitável postura para marcação, começou a organizar o time, dando a dinâmica que o meio de campo carecia.
Assim, Felipe Saraiva começou a ser acionado em boas condições e foi um tormento para os seus marcadores.
No entanto, foi de Paulinho, pela direita, o cruzamento que originou o primeiro gol, aos 16 minutos.
No rebote da zaga pernambucana, Orinho, livre de marcação, acertou chute rasteiro, de pé direito, e indefensável.
GOLAÇO DE SARAIVA
O Náutico sequer havia se recomposto do susto e já sofreu o segundo gol em ‘pintura’ de jogada do atacante Felipe Saraiva.
Ao ser lançado aos 20 minutos, livre de marcação, Saraiva ainda teve tranquilidade para aplicar dois dribles desconcertantes e empurrar a bola pra rede.
Depois, aos 26 minutos, o atacante Júnior Santos, fazendo lembrar o estilo guerreiro do ex-jogador Monga, ganhou jogada na velocidade de dois adversários e só tocou pra rede na saída do goleiro Bruno.
Até então era o jogo em que a Ponte Preta mostrava a verdadeira ‘cara’ cobrada pelo seu torcedor.
Problema é que desnecessariamente reduziu o ritmo ainda no primeiro tempo e não soube aproveitar o fato de o Náutico perder o jogador Jobson, por expulsão, aos dois minutos do segundo tempo.
DORIVA
Evidente que a vantagem poderia ter sido ampliada, e o treinador Doriva até que tentou reanimar a equipe com trocas providenciais.
Lucas Mineiro, que não reeditava o seu rendimento, deu lugar para Murilo, que nada acrescentou. Cansados, os atacantes Saraiva e Júnior Santos foram substituídos por Aaron e Fellipe Cardoso, sem que isso revertesse em ganho.
Com maior variação de jogadas pela esquerda, através de Orinho, a Ponte ainda ameaçou o Náutico.
Já o adversário não exigiu uma defesa difícil sequer do goleiro pontepretano Ivan.