Apesar da vitória, é esse o cartão de visita pré-dérbi da Ponte Preta?
É sabido que o time da Ponte Preta está num processo de arrumação, que nesta sexta-feira contou com desfalques. Tomara que melhore !
A rigor, quem sai à frente do placar com dois minutos de bola rolando, tem mais é que colocar a bola no chão e controlar a partida.
BLOG DO ARI
Campinas, SP, 25 (AFI) – Tivesse enfrentado um adversário de nível técnico não muito superior ao Londrina, de certo a Ponte Preta não estaria comemorando a vitória por 1 a 0, na noite desta sexta-feira, em Campinas.
A rigor, quem sai à frente do placar com dois minutos de bola rolando, tem mais é que colocar a bola no chão e controlar a partida.
Na prática, durante todo primeiro tempo, o que se viu foi o time pontepretano se desfazendo da bola desnecessariamente, na base de chutões, devolvendo-a ao adversário, que pelo menos sabia rodá-la até as imediações de sua área, quando claramente faltava qualidade aos seus jogadores para complemento das jogadas.
Isso é um fato indesmentível, pois o Londrina somente passou a preocupar a Ponte Preta com a entrada do atacante Paulinho Moccelin, após o intervalo, partícipe dos dois principais lances de ataque de sua equipe.
VAR
Foi dele um belo gol que daria o empate ao Londrina, aos 44 minutos do segundo tempo, quando bateu cruzado na bola, fora do alcance do goleiro pontepretano Pedro Rocha, no ângulo superior esquerdo, mas, por interferência do VAR, o lance foi impugnado, visto que o jogador Zé Vitor, do time paranaense, tocou com a braço na bola antes que chegasse em Moccelin.
No primeiro minuto do segundo tempo, em erro de saída de bola do lateral Gabriel Silva, da Ponte Preta, Moccelin ganhou a jogada, mas o chute rasteiro passou perto da meta do goleiro Pedro Rocha.
ELIEL
Provavelmente nem mesmo a Ponte Preta previa chegar ao gol logo aos dois minutos.
Maílton, escalado como atacante, foi lançado no corredor do lado direito, foi ao fundo do campo e deu passe precioso ao centroavante Eliel, que acompanhava a jogada em tempo de deslocar a bola do goleiro Neneca, com leve toque de canhota: Ponte 1 a 0.
Quando se previa que a partir dali tudo ficaria mais fácil para os pontepretanos, eis que ocorreu exatamente o inverso.
Alguns de seus jogadores estavam num plano bem abaixo do normal.
PAULO BAYA
O próprio Mailton não dava continuidade às jogadas. Paulo Baya errava quase todas, exceto ao arriscar chute de fora de área, conforme a sua característica, com defesa do goleiro Neneca e a bola ainda tocando na trave, aos 20 minutos do segundo tempo.
Élvis, fora de forma, não conseguia organizar absolutamente nada, e demorou para ser substituído, enquanto Felipe Amaral foi mais um da lista daqueles que erraram passes.
Não bastasse tudo isso, apenas no segundo tempo o lateral-direito Luiz Felipe conseguiu se soltar, enquanto Gabriel Silva, substituto do titular e suspenso Artur na lateral-esquerda, foi mal defendendo e inexistiu ofensivamente.
PINTADO
Pelo menos agora a Ponte Preta conta com um treinador que adota alguns procedimentos para correção de rota de sua equipe.
Ao sacar Mailton para a entrada do volante Ramon, no início do segundo tempo, a pegada da Ponte na ‘meiúca’ ficou mais consistente, e o Londrina já não tinha a mesma liberdade do primeiro tempo.
A lesão de Gabriel Silva obrigou uma improvisação na lateral-esquerda, com a entrada do zagueiro Thomás Kayck por ali, pouco antes dos 15 minutos do segundo tempo, ocasião que Pintado também aproveitou para ‘sacar’ Felipe Amaral e optar pelo ganho de velocidade com a entrada do atacante de beirada Tales, pelo lado direito, em alteração que obrigou o lateral-esquerdo Marcos Pedro, do Londrina, a se resguardar, em vez daqueles contínuos avanços.
Com as mexidas no time pontepretano, o jogo ficou equilibrado, e as equipes se alternaram no ataque.
O descuido de Pintado foi ter mantido em campo o meia Élvis até 30 minutos do segundo tempo, quando sabiamente resolveu ‘canchar’ o atacante Everton, em prenúncio que pode utilizá-lo no dérbi do sábado da próxima semana.
ARRUMAÇÃO
É sabido que o time da Ponte Preta está num processo de arrumação, que nesta sexta-feira contou com desfalques do goleiro Caíque França, volante Léo Naldi e lateral-esquerdo Artur, além do centroavante André, preservado.
Apesar disso, não se contava com queda brutal de rendimento em relação ao empate diante do Ceará, o que provoca dúvida no torcedor pontepretano mais realista em relação ao confronto contra o principal rival.
