Alô cartolada do Guarani: marcar 'gol contra', não!
O 'gol contra' foi provocado pela cartolada do clube, com a demissão sumária do executivo de futebol Rodrigo Pastana.
Pastana, em curto período, ajudou a abastecer os cofres com R$ 8 milhões, nas negociações que envolveram Jamerson e Richard Rios
Campinas, SP, 5 (AFI) – Para o bugrino, uma derrota no domingo e outra na segunda-feira. Mal ele conseguiu digerir o tropeço em casa para então penúltimo colocado CRB, do Campeonato Brasileiro da Série B, eis que nesta segunda-feira o ‘gol contra’ foi provocado pela cartolada do clube, com a demissão sumária do executivo de futebol Rodrigo Pastana.
Por que mandaram-no embora?
No texto produzido pelo portal da casa – o FI – a citação é que ‘o Bugre não informou o motivo da saída do executivo de futebol’.
Pois é, hoje se faz futebol sem dar satisfação pra ninguém, como se fosse empresa privada, e o dono faz aquilo que dá na telha e pronto.
Ora, tem motivo justificável? Se tiverem, informem!
Aí tudo será devidamente avaliado, e se eventualmente tiverem razão, o torcedor saberá entender.
O que não pode é o funcionário, entrevistado pela Rádio Central de Campinas, citar que não lhe informaram o motivo da demissão, que ficou surpreso com a decisão.
LUCRO
Alô senhores cartolas: o torcedor bugrino sabe que nesta segunda passagem de Pastana pelo clube, em curto período, ajudou a abastecer os cofres com R$ 8 milhões, nas negociações que envolveram o lateral-esquerdo Jamerson e volante Richard Rios, jogadores que ele, Pastana, trouxe ao clube.
QUANTA MUDANÇA!
Duro é saber que no meu tempo de repórter, no período de setorista do Guarani, diariamente presidente ou representante legal da diretoria atendia a imprensa para repasse das devidas informações, com esclarecimentos necessários, exceto especulações sobre jogadores contratáveis e salários do elenco.
Coincidentemente, no domingo à noite, em resenha com o analista de futebol Daniel Lessa, da Rádio Jovem Pan News Campinas, lembramos dos tempos que repórter transitava livremente nos estádios, entrevistava qualquer atleta e membro de comissão técnica que se dispusesse a falar, e dos estádios saía abastecido de informações.
De uns tempos a essa parte, colocaram freio nos homens de comunicação, a partir da admissão do chamado assessor de imprensa, com atribuição de centralizar e repassar informações seletivas aos veículos.
Logo, agendas de treinos são fechadas, e quem não faz parte do departamento fica aguardando o encerramento em sala específica à imprensa, ocasião que convocam aleatoriamente um atleta ou treinador para entrevista, com direito apenas a uma pergunta por veículo, e sem direito a réplica.
Trocado em miúdos, informa-se apenas aquilo que não seja danoso aos interesses de dirigentes e departamentos do clube.
COMODISMO
Isso gerou um incrível comodismo à nova safra de repórteres, que fica à espera da informação que cai no colo.
Divulgação antecipada de escalação de quem vai jogar fica por conta do imaginário da imprensa, diferentemente de décadas passadas quando o treinador, de viva voz, se encarregava disso.