Aliviada após Copa América e com 'novo' Messi, Argentina encara a Venezuela
Em coletiva de imprensa, o técnico Scaloni reforçou que pretende contar com Messi nos três jogos
Conquista da Copa América, no Maracanã, em julho, tirou um grande peso dos ombros dos jogadores
Campinas, SP, 02 (AFI) – Os ares da seleção argentina estão completamente renovados para a retomada das Eliminatórias Sul-Americanas. Nesta quinta-feira, às 21h (de Brasília), o time visita a Venezuela, em Caracas, pela nona rodada do torneio.
A conquista da Copa América, no Maracanã, em julho, tirou um grande peso dos ombros dos jogadores e deu aos comandados de Lionel Scaloni mais confiança para buscar a classificação para a Copa do Mundo do Catar, em 2022. As mudanças não param por aí. Lionel Messi chega com novo status, vindo de um clube diferente e com outras motivações. Esta será a primeira vez que o craque jogará pela Argentina sem ser jogador do Barcelona.
A saída de Messi da equipe catalã foi traumática pelo enredo que a envolveu e só o futuro desempenho no Paris Saint-Germain, incluindo conquistas de títulos – como a tão sonhada Liga dos Campeões – mostrará se a decisão foi acertada. O novo jogador da equipe francesa entrará em campo mais aliviado por tirar a Argentina da fila de títulos no futebol profissional com a conquista no Brasil. Mas ele sabe que no Catar poderá coroar sua trajetória pela alviceleste.
CONFIRMADO!
Messi chegou à equipe principal ainda em 2005, aos 18 anos. Até aqui, foram quatro Copas do Mundo, e o melhor resultado foi o vice-campeonato em 2014, quando a Argentina acabou derrotada na decisão pela Alemanha.
O camisa 10 não é o único jogador do PSG a figurar na lista de convocados de Scaloni. Ele conta com as companhias do volante Leandro Paredes e do atacante Ángel Di María. Os dois foram importantes no processo de convencimento para a contratação do craque pelo time parisiense e agora chegam com mais entrosamento com o jogador. Di María deve figurar na equipe titular para o jogo contra a Venezuela. Paredes, suspenso, poderá atuar apenas nos outros dois jogos da rodada tripla das eliminatórias.
À época de Barcelona, Messi também tinha Mascherano como colega de time e seleção, formando boa parceria, unindo técnica e liderança. Agora, a equipe catalã só conta com um argentino, Agüero, que, machucado, não está na lista.
O seis vezes melhor do mundo também carrega consigo um porém. Ele atuou em apenas uma partida desde a final da Copa América. No último fim de semana, entrou no segundo tempo na vitória do Paris sobre o Reims pelo Campeonato Francês. A pouca minutagem preocupa, mas não deve ser problema. O próprio time francês preferiu fazer a estreia do jogador fora de casa para evitar que ele chegasse à seleção argentina sem sequer ter usado o uniforme do PSG em uma partida oficial.
MESSI E MAIS 10!
Em coletiva de imprensa, o técnico Scaloni reforçou que pretende contar com Messi nos três jogos: “Ele está em boas condições físicas. Esperamos que jogue as três partidas. Agora, ele está no PSG, que é um bom clube e competirá pelos melhores campeonatos e isso é o mais importante.”
A Argentina chega à Data Fifa ocupando a vice-liderança das Eliminatórias, com 12 pontos. A ponta é do Brasil, que tem 18. Pela competição, os ‘hermanos’ vêm de maus resultados, incluindo dois empates, em junho, diante de Chile (em casa) e Colômbia (fora). O cenário, porém, pode se inverter.
Caso vença os venezuelanos e veja o Brasil perder para os chilenos, pode igualar a pontuação brasileira se ganhar o confronto direto, no domingo, na Neo Química Arena, às 16h. O último compromisso será em Buenos Aires, no estádio Monumental de Núñez, com a Bolívia, no dia 9 de setembro, às 20h30.
Diante das restrições impostas pela Premier League sobre a cessão de seus jogadores para as seleções sul-americanas – devido à pandemia do novo coronavírus -, a Argentina se viu em uma situação semelhante à do Brasil, mas encontrou uma solução parcial. Os jogadores que atuam no Aston Villa (Martínez e Buendía) poderiam participar dos dois primeiros jogos, mas estariam fora da partida com a Bolívia.
PRESENTES!
O técnico Scaloni, no entanto, diz que todos os convocados estarão presentes nos três compromissos. Outro preocupação se dá sobre o número de jogadores pendurados. São dez ao todo, entre eles Montiel, Otamendi, Lo Celso, De Paul e Lautaro Martínez.
Sobre a escalação, o treinador reforçou o poder de sua equipe com a mais recente conquista e planeja manter os mesmos titulares que jogaram no Brasil em julho. “Vejo o grupo confiante, com muita vontade. O tempo reunido na Copa América faz com que os treinamentos tenham uma função secundária. O time não vai variar muito em relação ao que se viu no Brasil”, explicou.
Contra a Venezuela, a seleção argentina deve ser escalada com: Dibu Martínez; Montiel (ou Molina), Pezzella, Otamendi e Acuña; De Paul, Guido Rodríguez e Lo Celso; Messi, Lautaro Martínez e Di María.
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