Alfredo Perandine, meia-esquerda do Guarani no biênio 1973/74
Alfredo Perandine, meia-esquerda do Guarani no biênio 1973/74
Alfredo Perandine, meia-esquerda do Guarani no biênio 1973/74
O futebol tem os seus caprichos que não passam por explicações. No mínimo três goleiros falharam barbaramente em dérbis, mas apenas um deles ficou terrivelmente marcado: Birigui, do Guarani de 1981, no histórico confronto entre os rivais, no Estádio Moisés Lucarelli, na vitória pontepretana por 3 a 2.
Na ocasião o lateral-direito Chiquinho recuou mal a bola, e para evitar o escanteio Birigui se esticou todo e espalmou-a ao campo de jogo. Disso se aproveitou o atacante Serginho, da Ponte Preta, para explorar o erro e marcar gol para a sua equipe.
Aí esquecem que em 1984 Sérgio Guedes, então goleiro da Ponte, sofreu frangaço em falta cobrada pelo então meia Neto, do meio da rua, com a bola passando entre as suas pernas.
WALDIR PERES
Muito menos a tremenda falha do saudoso goleiro Waldir Peres, quando defendia a Ponte Preta em dérbi de 1973, no Estádio Moisés Lucarelli, em vitória bugrina por 2 a 0, num 13 de maio.
O Guarani vencia com gol de Mingo, e a Ponte buscava o empate. Aí Alfredo Perandine Júnior – conhecido apenas pelo prenome – finalizou de longa distância, em bola plenamente defensável, mas Waldir calculou que ela encobriria o travessão. E quando tentou espalmar, ela entrou entre as suas mãos e o travessão: Guarani 2 a 0.
Só pra recordar, eis o time bugrino da época, comandado pelo saudoso treinador Zé Duarte: Tobias, Wilson Campos, Amaral, Alberto e Bezerra; Flamarion e Alfredo; Jáder, Washington, Clayton e Mingo.
Quem é esse Alfredo em questão?
A exemplo da maioria dos jogadores em passagem pelos clubes de Campinas, voltou a fixar residência da cidade, e isso ocorreu após o encerramento da carreira no União São João de Araras em 1977.
RIBEIRÃO PRETO
Por ser natural de Ribeirão Preto, foi no Botafogo que ele se projetou de 1968 a 1972, quando mostrava a real característica do meia-esquerda do passado, de privilegiada visão de jogo para lançamentos, toques refinados com a canhota, e pegava bem na bola em finalizações de fora da área. Apesar disso, era lento.
Ainda no Guarani ele perdeu a posição para o saudoso Alexandre Bueno, morto em maio do ano passado, em decorrência de problemas hepáticos.
Do Guarani, Alfredo foi transferido para o Santa Cruz, e em 1976 voltou a jogar no Botafogo, até que o Coritiba manifestou interesse em levá-lo na temporada seguinte. O encerramento da carreira ocorreu no União São João de Araras.