Alfaiate de 2018 volta a desenhar roupas para seleção brasileira em 2022
O costureiro, junto à sua equipe, desenhou um tecido leve e em cores mais claras, com elementos que fazem referências às paisagens do anfitrião
Campinas, SP, 19 – Pela segunda Copa do Mundo consecutiva, o alfaiate Ricardo Almeida foi o encarregado de assinar os trajes formais dos atletas da seleção brasileira, que serão utilizados nos trajetos entre estádios e em ocasiões que peçam uma boa vestimenta. Em 2018, ele apostou em uma lã slim fit – mais colada ao corpo – com efeito que mudava o tom de acordo com a luz do local. Para o evento no Catar, calças e paletós mais amplos e folgados.
O costureiro, junto à sua equipe, desenhou um tecido leve e em cores mais claras, com elementos que fazem referências às paisagens do anfitrião da competição, sejam artísticas, de arquitetura ou urbanismo. A roupa aberta e desfiada homenageia os mantos usados no país, complementando com traços ocidentais. Pode-se notar que a camisa vem acompanhada de um lenço ao redor do pescoço que se estende até depois da cintura.
INSPIRAÇÃO
Almeida recorda que o advento da pandemia de covid-19 mudou o estilo de se vestir, para peças mais soltas – que ajudam no calor do Catar – e com foco no conforto, o que inspirou os novos trajes da seleção. Para criar, é necessário levar em consideração a atmosfera do momento, disse, conforme relatado pela Exame. Junto a isso, acredita que as peças mostram a identidade espirituosa dos atletas.
O alfaiate também vê semelhanças na cultura do país asiático com o Brasil, até mesmo nas bandeiras, algo que o inspirou na modelagem. As duas são compostas de elementos geométricos, comentou. A estética do Catar encontra elementos da arte indígena e natureza brasileira. A mudança também é uma quebra em seu estilo, já que ele fazia parte dos adeptos às formas mais apertadas. Os trajes foram finalizados no fim de setembro, após o amistoso contra a Tunísia, quando a seleção venceu por 5 a 1.
ALFAIATE OFICIAL
A história de Almeida com o elenco da Canarinho já é antiga: ele vestia o técnico Tite e alguns jogadores, que incluíam Neymar. Em 2018, pela primeira vez, ele foi responsável pelas roupas de gala de toda a seleção. Na ocasião, o Brasil caiu nas quartas de final após um duro jogo contra a Bélgica que terminou 2 a 1 para os europeus. Será que o estilista dará sorte em 2022?
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