Obrigação cumprida. Só faltava o Guarani perder para o Luverdense e se complicar por completo neste Campeonato Brasileiro da Série B. E correu esse risco quando aos quatro minutos do segundo tempo o zagueiro Diego Jussani rebateu mal a bola, para o interior de sua área, mas o atacante Rafael Silva, do time mato-grossense, conseguiu chutá-la para fora, beliscando a trave.

Zero a zero era o placar que interessava ao Guarani para se livrar da degola e foi conseguido as duras penas. Por isso, se o treinador Lisca afirmou que tirou um caminhão das costas, não seria exagero citar que o bugrino em geral compartilhou a frase.

E precisava o torcedor do Guarani roer unha, mostrar aquela fisionomia fechada na maior parte do jogo?

Isso aconteceu porque cometeram erro bárbaro de planejamento na montagem da equipe, que sequer conseguiu mostrar mais qualidade de que o rebaixado Luverdense.

REFORMULAÇÃO

Logo, isso recomenda reformulação geral imediatamente já visando o Campeonato Paulista da Série A2.

Dos goleiros que atuaram, nenhum foi aprovado. Do quarteto defensivo dá pra apostar no prata da casa Salomão. E, com ressalva, utilizando-o como opção de grupo, nova chance para Lenon.

O espírito guerreiro do volante Baraka ‘casa’ com a correria da A2 e cabe igualmente a permanência, assim como Evandro, mal aproveitado nessas últimas rodadas.

Nazário não deve ficar e seria prudente nova oportunidade para o meia Luiz Fernando, que em equipe ajustada tem chance de evoluir.

JOGO

Foi admissível a postura do Guarani com certa cautela contra o Luverdense, para que não fosse surpreendido.

Problema é que na maioria das vezes a bola sai da defesa na base do chutão, o que favorece ao adversário para o desarme.

E mesmo com posse de bola, falta qualidade para o Guarani se organizar e se impor. Não dispõe de meias que penetrem com bola dominada, e que tenham lucidez para abastecer o centroavante.

Por essas e outras, o Guarani permite que um adversário igualmente limitado tenha mais posse de bola.

Apesar dos pesares, em chute de longa distância do polivalente Richarlyson a bola chocou-se contra o travessão do Luverdense e Paulinho apareceu com chances em outros dois lances: ao trombar com o goleiro Diogo Silva, e quando o mesmo adversário o presenteou em erro crasso de saída de bola, mas o chute teve direção do corpo do goleiro.

Por fim, o Luverdense se mostrou um mau perdedor. O atacante Érik, que havia entrado no lugar de Rafael Ratão, perdeu a cabeça ao dar cabeçada em Betinho e acabou expulso. Por reclamação Marcos Aurélio também recebeu o cartão vermelho.