Agora faltam nove pontos para a Ponte Preta se livrar do rebaixamento
Time pontepretano chega a 36 pontos com empate sem gols com Oeste
Agora faltam nove pontos para a Ponte Preta se livrar do rebaixamento
A trajetória do saudoso zagueiro Eraldo do Guarani é contada na coluna Cadê Você.
Ao empatar sem gols com o Oeste na noite deste sábado em Barueri, a Ponte Preta cumpriu a meta de somar ponto para rapidamente se livrar do rebaixamento do Campeonato Brasileiro da Série B.
Agora, com 36 pontos, o time precisa atingir mais nove pontos para que o objetivo de permanência na competição seja atingido.
Se é que havia reduzidíssima chance de a Ponte ainda sonhar com acesso, ela foi totalmente diluída neste empate.
De mais a mais, nem faz sentido um time com a pobreza técnica da Ponte Preta subir.
Há uma incrível dificuldade de se criar oportunidades de gols, e quando elas ocorrem não são aproveitadas.
DUAS CHANCES
A rigor, em ambas a Ponte fez jogadas de fundo de campo.
No primeiro tempo, quando o lateral-direito Igor Vinícius cruzou rasteiro, para trás, o atacante André Luís chutou a bola rente ao poste esquerdo.
Após o intervalo, na única vez que o lateral-esquerdo Danilo Barcelos chegou ao fundo de campo, cruzou, e o zagueiro Reginaldo não soube aproveitar a hesitação dos defensores adversários Joílson e Conrado e cabeceou a bola igualmente para fora.
O enredo da Ponte na partida se restringiu basicamente ao primeiro tempo, com avanços consecutivos de Igor pela direita, sem que tivesse marcação específica.
E quando a bola chegava aos pés de André Luís havia individualismo, num claro indício de desconfiança dele no jogo coletivo.
Supõem-se que tenha raciocinado arriscar as jogadas – mesmo com risco de perdê-las -, a tocar a bola e ver os outros perderem.
Acontece que tem recebido dupla vigilância dos adversários e raramente prosperam as suas tentativas.
JÚNIOR SANTOS E BARCELOS
Nem havia necessidade de se alternar jogadas de ambos os lados do campo.
Júnior Santos, escalado pelo setor esquerdo, não conseguiu dar sequência a um lance sequer.
Ora se enroscou na bola, ora foi desarmado facilmente.
E como previsto, também não contou com apoio de Barcelos, exceto nos minutos finais.
Considerando-se que o atacante centralizado Vitor Rangel tem destoado e sequer deveria ter sido escalado, resta, então, realçar o forte trabalho de marcação do meio de campo pontepretano, cujos volantes Paulinho e Nathan contaram com sucessivos recuos de Thiago Real.
Problema é que Real não é um meia contundente na chegada às proximidades da área adversária, e raramente finaliza. Por sinal, quando ficou livre quase na entrada da área, Rangel, de cabeça baixa, obviamente não o enxergou e deu um chutinho na bola, recuando-a ao goleiro Tadeu.
IVAN
Já o Oeste pouco criou. Quando Zé Love ocupou o espaço entre Reginaldo e Barcelos, provocou algum embaraço, principalmente ao exigir defesa do goleiro Ivan em chute rasteiro.
No segundo tempo o Oeste alçou bola quando se dispôs a atacar, enquanto a Ponte se ressentiu da falta de qualidade para infiltração em defesa fechada.
Como aparentemente o objetivo de permanência será atingido, compete aos dirigentes já traçarem o planejamento à próxima temporada, com análises criteriosas para que sejam evitados erros crassos em contratações.