Cenas de desrespeito ao distanciamento social foram flagradas em todo país no último final de semana prolongado, por ocasião do feriado de sete de setembro.

Praias, bares, restaurantes, praças e logradouros públicos em geral estiveram lotados, em claro indício de que a população decretou o fim da quarentena, de preservação da transmissão do coronavírus.

Diante daquele cenário, infectologistas prognosticaram tendência de aumento dos casos da doença nas próximas semanas.

Eis a questão: e se os fatos desmentirem a lógica, e não haja crescimento dos casos depois de toda aglomeração?

De certo será um prato cheio para clubes, federações e a própria CBF reivindicarem das autoridades sanitárias a volta de público nos estádios gradativamente.

Evidente que não seria nada de imediato, provavelmente dois meses adiante quando a curva do vírus já se manifestar em processo descrecente.

E mesmo assim, sem que se extrapole o limite de 30% da capacidade de cada praça esportiva, e observando-se as exigências aplicáveis para consumidores em shoppings e comércio em geral, com distanciamento e higienização.

ELITIZAÇÃO

Se a projeção a médio prazo for a volta de público nos estádios, inevitavelmente os clubes devem adotar postura de elitização à clientela, com majoração dos preços de ingressos, como fórmula pra compensar prejuízos que acumulam desde o início da pandemia.

No caso específico, seria natural se projetar apenas venda antecipada de ingressos e isolamento da área do entorno dos estádios, de forma que apenas aqueles com ingressos nas mãos tenham acesso.

Assim, seria possível evitar aproximação dos penetras. Claro que tudo é especulação, mas de certo o feriado de sete de setembro vai servir de termômetro de como as coisas serão conduzidas.