Abel Ferreira vê rivais fortes em 2023 e desafio 'alto' ao Palmeiras
Na sua visão, não só o vice-campeão Inter e o Flamengo, principal adversário do Palmeiras na briga por taça nos últimos anos, estarão fortalecidos.
Faz projeção de que será possível continuar brigando por títulos em 2023. No entanto, avisou que os rivais da do Palmeiras vão estar melhores
Porto Alegre, RS, 13 – Abel Ferreira se chateou com a derrota para o Inter na despedida do Palmeiras do Brasileirão, mas apenas o terceiro revés no torneio do qual o time foi campeão com antecedência não foi suficiente para o treinador criticar o desempenho de seus atletas no Beira-Rio.
Ele preferiu evitar apontar erros de seus atletas e fez a projeção de que será possível continuar brigando por títulos na próxima temporada. No entanto, avisou que os rivais da equipe 2023 estarão melhores.
“Aqui vocês falam muito de equipe a se bater, nós sentimos muito isso. O desafio é sempre alto, nossa obrigação é continuar a fazer o mesmo, mas melhor”, reconheceu o português, dono de seis taças em dois anos de Palmeiras.
OUTRAS FORÇAS
Na sua visão, não só o vice-campeão Inter e o Flamengo, principal adversário do Palmeiras na briga por taça nos últimos anos, estarão fortalecidos. Clubes tradicionais do cenário nacional que ascenderam da Série B e que se tornaram empresas terão mais dinheiro para comprar jogadores e, assim, podem ser rivais à altura do Palmeiras no ano que vem.
“O Botafogo estará muito melhor, Cruzeiro e Vasco também por terem um histórico muito grande. No Brasil, várias equipes podem brigar pelo título”, citou. “Vocês reduzem a duas e isso me causa confusão. Há muita qualidade e competitividade. O que dizer o Internacional, do Fluminense… e o que dizer do campeão?”, continuou.
Mas o que fará o Palmeiras para se manter na rota de títulos? A receita, na análise de Abel, é fazer o mesmo que tem sido feito, mas ainda melhor. “É a lei do máximo esforço com o melhor que temos, é uma cultura do clube e do treinador, que se encaixa muito bem”.
CONTRATAÇÕES PONTUAIS
Ele reafirmou que haverá poucas e pontuais contratações. Elas virão apenas se algum jogador sair. Na sua visão, atletas que jogaram sua primeira temporada neste ano e não tiveram boa performance vão evoluir em 2023.
“O Viña saiu, achamos solução. O Veiga sentiu, achamos solução. Não tínhamos centroavante e buscamos uma solução. O Endrick estará conosco e terá a concorrência de Rony, López, Navarro, que estarão melhores do que esse ano”, considerou o treinador, voltando a falar sobre a responsabilidade financeira da diretoria, que tem pagado as contas em dia e evitado investir grandes quantias em jogadores. A política de apostar em jovens com potencial de retorno esportivo e financeiro e não mais em veteranos e medalhões será mantida.
“Um clube como o Palmeiras tem que pagar seus fornecedores, suas dívidas, tem que gerar receita, vender, comprar e aumentar sua receita, tem que potenciar. Sinto-me orgulho não só pelos títulos, mas pelo retorno financeiro desse elenco e o quanto ele vale agora. E para quem dizia que não apostávamos na formação, é assim que devemos estar em um clube sustentável e viável financeiramente”, justificou.
O elenco do Palmeiras ganha férias a partir desta segunda-feira, 14, e deve retornar aos treinos apenas no início do ano que vem. O primeiro compromisso do Palmeiras em 2023 será no dia 15 de janeiro, pelo Campeonato Paulista, no qual defenderá seu título. O duelo ainda não tem local, adversário e horário definidos.
Ricardo Magatti