Até na busca de reforços os clubes de Campinas dormiram no ponto
Outras agremiações se apressaram em contratações
Até na busca de reforços os clubes de Campinas dormiram no ponto
Em habitual telefonema de resenha esportiva, um amigo me alertou:
– Ari, você não vai ser trouxa de responder ao treinador Fábio Moreno, da Ponte Preta, quando ele incluiu segmentos da imprensa como passional, incomodado com as críticas que tem recebido?
A princípio, até ponderei que meu amigo tinha razão. Que não deveria colaborar para desviar o foco principal sobre o profissional, definido até com exagero pelo parceiro Tio Lei.
Então, meu foco não passa por despadronização tática da equipe, equívocos em escalações e substituições de jogadores, e que esse elenco limitado que está aí teve as digitais dele para aprovar contratações.
ONDE ANDAM OS OLHOS?
O treinador de bons olhos para o futebol é aquele que não precisa mais de que duas vezes para diagnósticos de atletas por aí.
Pois enquanto a Ponte foi buscar o apenas razoável Vini Locatelli, então reserva da Chapecoense – e foi avisado aqui – não seria recomendável o meia Guilherme Castilho, então no Confiança (SE), que o Joinville se apressou em contratá-lo ao final do Brasileiro da Série B? Ele pega muito bem na bola.
Se por aqui bobearam, o treinador Lisca Doido, do América Mineiro pediu – e foi atendido – sobre o repasse do atleta à sua equipe.
Ponte Preta e Guarani precisam de zagueiro, correto? Será que o pessoal do futebol de ambos teve percepção que Gum, aos 35 anos, ainda é melhor de que todos que atuam nos dois clubes? Pelo menos era até a temporada passada.
MARLON E ROBSON DUARTE
Dos indispensáveis atletas que mostram predicados técnicos, a coluna sugeriu – há tempos – que prestassem atenção no lateral-esquerdo Marlon e atacante de beirada Robson Duarte, do Sampaio Corrêa.
Pois enquanto os homens da bola de cá ‘roncaram’, o América Mineiro já puxou Marlon, enquanto Robson Duarte se transferiu para o Jeonnan Dragons da Coréia do Sul.
Calma. Antes de você citar que os clubes locais não têm condições de competir com os coreanos, o aviso aqui foi dado quando ninguém cogitava contratar o atleta.
Mesmo ‘grito’ no deserto foi dado aqui em relação ao então atacante Reis, do Confiança.
Aí, empresários ligados ao futebol constataram as devidas qualidades e o endereço do jogador foi o Gwangju F.C., também da Coréia do Sul.
RAFAEL OLLER
Enquanto Moreno e seu antecessor Marcelo Oliveira ‘batiam’ cabeça pra fazer aquele time marcha lenta da Ponte andar, ano passado, em Santos o meia Rafael Oller mostrava como se bate na bola.
Se por aqui ninguém viu, alguém ligado ao Operário do Paraná observou, e a preço de banana a ‘Briosa’ topou emprestá-lo.
Conclusão: bastaram 13 jogos, cinco gols e algumas assistência para que o atleta fosse contratado em definitivo, e com contrato de cinco anos.
E já nos primeiros jogos de Oller, tanto aqui como ao microfone da Rádio Brasil Campinas, citei pra ficarem de olho no jogador.
Ficaram? Sei lá eu. Como esperar que essa turma do futebol assista jogos de outras equipes na hora de descanso?
ERICK
Ponte Preta e Guarani enfrentaram o Náutico e não se sabe se observaram o driblador Erick, atacante de beirada vinculado ao clube pernambucano, de 23 anos.
Driblava, mas era confuso para terminar as jogadas.
De repente, após trabalhos específicos, começou a marcar gols, e havia se transformado no vice-artilheiro do Campeonato Pernambucano com cinco gols em seis partidas.
Por aqui, como empresários ligados aos dois clubes ganharam espaço escancarados para outras negociações, essas coisas passam batidas.
Assim, só resta ao Náutico negociar prorrogação do empréstimo do atleta com o Braga de Portugal, para que ele reforce o time na Série B do Brasileiro.
POR QUE NÃO EVITARAM?
Claro que jamais admito tal inclusão entre os supostos passionais citado por Moreno, mas se os homens de departamento de futebol dos clubes locais usassem racionalidade, evitariam contratações ‘cantadas’ neste espaço, que não prosperaram.
O retrospecto do centroavante Rafael Costa, no Botafogo de Ribeirão Preto, em nada recomendaria a vinda dele ao Guarani, assim como o zagueiro Romércio, reprovado pelo torcedor do Coritiba.
Na atual circunstância, a vinda do lateral-direito Éder Sciola poderia ter sido evitada, com base na produtividade aquém do exigido no Oeste.
Na Ponte Preta, certamente a maioria aplaudiu o atacante Paulo Sérgio, nos tempos de CSA, por ‘ouvi’ dizer.
Quem viu, como eu, teria a coragem de alertar que nem de longe o jogador preencheria os requisitos do clube.
Por sinal, nossos fieis parceiros são testemunhas de minhas citações, mesmo com a totalidade informando de forma diferente.
LUIZÃO
Quando ainda cogitavam a contratação do zagueiro Luizão, lembrei que o histórico dele em São Bento e Santo André não serviria de base, pois tratavam-se de equipes com perfil retrancado.
Lembrei que, nesta circunstância, quando Luizão habitualmente falhava, alguém próximo corrigia.
Enfatizei que pelo estilo da Ponte, de ficar exposta, as falhas dele seriam inevitáveis, o que não recomendaria a contratação.