Eliminatórias: Itaquerão se rende em gratidão a Tite, ídolo do Timão e da Seleção
O treinador foi bastante ovacionado pelos quase 45 mil torcedores que pagaram ingresso
O treinador foi bastante ovacionado pelos quase 45 mil torcedores que pagaram ingresso

São Paulo, SP, 29 – O público que encheu Itaquerão nesta terça parecia ter dois motivos para fazê-lo: torcer para o Brasil vencer o Paraguai e exaltar o técnico Tite, em um gesto de gratidão ao treinador que conduziu o Corinthians a alguns dos maiores momentos da sua história recente, mas que com esse ato também o confirma como maior ídolo da seleção a pouco mais de um ano da Copa do Mundo na Rússia.
Gratidão, aliás, foi a palavra utilizada por Tite na entrevista coletiva prévia ao jogo para justificar, em tom de pedido de desculpas, a comemoração do gol corintiano na vitória sobre o Santos, pelo Paulistão, na partida anterior em que esteve na arena. Mas se naquela oportunidade ele não controlou os nervos, dessa vez era preciso fazê-lo.

FOCO NO JOGO
Concentrado, Tite evitou exibir emoção diante de tantos gestos de apoio, preocupado em orientar a equipe, que chegou a encontrar alguma dificuldade para abrir a defesa paraguaia, ao menos até o golaço marcado por Phiilippe Coutinho, claro, comemorado pelo treinador.
Mas nem as pinturas de Coutinho e Neymar conseguiram ofuscar Tite, tanto que a torcida aproveitava todos os momentos possíveis, como a ida do time ao intervalo, para entoar a trilha sonora da partida: “Olê, olê, olê, Tite, Tite”. Foi, sem dúvida, uma noite especial para o treinador, agora com 54 jogos, 42 triunfos, nove empates e três derrotas na Arena Corinthians.
Mas essa última partida já confirma: ele não é só mais o treinador mais vitorioso do clube paulista. Agora é o técnico que caiu de vez nas graças de todo torcedor brasileiro e recordista de vitórias consecutivas nas Eliminatórias – agora são oito.
DESAFINOU
Em noite de tanto apoio a Tite, a torcida só desafinou – e feio – nas cobranças de tiro de meta do goleiro paraguaio Anthony Silva, com gritos homofóbicos, algo que inclusive já provocou punição à CBF, imposta pela Fifa. O sistema de som do estádio, sem comentar o teor da manifestação, pediu “respeito aos adversários”. Sem sucesso, recebeu vaias como resposta.