Pontepretanos e bugrinos já não controlam a ansiedade em seus jogos decisivos

Ponte Preta pode perder do Palmeiras por dois gols de diferença: Guarani precisa ganhar em Batatais

Pontepretanos e bugrinos já não controlam a ansiedade em seus jogos decisivos

Ansiedade, estado de espírito que se aplica a pontepretanos e bugrinos, ambos com jogos decisivos às suas pretensões neste final de semana, em suas respectivas competições regionais.

Desafio lançado é continuar caminhadas difíceis em seus campeonatos, porém com nível de exigência diferenciada.

A substancial vantagem alcançada pela Ponte Preta nesta fase semifinal do Paulistão, ao vencer o Palmeiras por 3 a 0, deveria significar passaporte à final, mas o otimismo do pontepretano é moderado.

Há, sim, dúvida de que possa ocorrer na noite deste sábado na Arena do Palmeiras. Além na inegável qualidade do time da casa, considere o peso de uma massa de 35 mil torcedores o empurrando, assim como a incerteza de arbitragem segura.

ARBITRAGEM

Em outras circunstâncias, na guerra do gigante Golias contra Davi, o indefeso se desmontou com o juizão colocando a bola na marca de cal. Eis aí um temor declarado do pontepretano.

Com tendência de jogo truncado, sabe-se lá a quantas anda a cabeça do juizão no critério de aplicação de cartões, inclusive o vermelho. Até mesmo aquela inversão de faltinhas por vezes abala o emocional da boleirada.

Esses fantasmas rondam a cabeça do pontepretano que não disfarça a aflição. A expectativa é que tudo seja transformado em transbordamento de alegria após o apito final.

De que adianta o pensador George Müller ter deixado a mensagem que ‘o começo da ansiedade é o fim da fé’.

Sim, a fé do pontepretano não é aquela inabalável. Há um frio na espinha. Há uma ponta de desconfiança porque o time não foi confiável ao longo da competição.

Agora, cabe aos jogadores repetirem a intensidade da semana passada, que provocou massacre sobre o Palmeiras.

Caso isso ocorra, ansiedade e medo não vão envenenar corpo e espírito, ensina George Bernard Shaw.

GUARANI

Há quem caracterize a atribuição do Guarani em Batatais, neste domingo, com um complicador a mais de que a Ponte Preta.

Numericamente sim. Enquanto uma derrota por três gols de diferença ainda prolonga a definição da Ponte Preta às cobranças de pênaltis, o Bugre se vê obrigado a vencer o adversário para se manter vivo no Paulista da Série A2, já na etapa semifinal.

Por que a ansiedade do bugrinos? Porque ao longo da competição o time pautou pela instabilidade.

Se é capaz de arrancar vitórias animadoras contra Água Santa e Taubaté, na condição de visitante, da mesma forma decepciona diante de um rebaixado Mogi Mirim, no Estádio Vail Chaves.

Sim, a matemática até permite classificação do Guarani mesmo sem vitória em Batatais. Entretanto, esqueça essa matemática.

Não condicione a hipótese de o Bugre empatar e que ocorra tropeço de Bragantino ou Rio Claro, porque ambas projeções são remotas.

BRAGANTINO

Difícil imaginam que o Bragantino não vença o Votuporanguense em Bragança Paulista, ou o Rio Claro tropece, em seus domínios, contra o Sertãozinho.

Serve de esperança ao bugrino o despencado retrospecto do Batatais nas últimas rodadas, desapego do torcedor batataense nas últimas rodadas, e a certeza que a torcida bugrina será numerosa no Estádio Dr. Oswaldo Scatena.Quiçá até maior comparativamente à adversária.