Ponte Preta, muita euforia, pouca bola e futuro incerto
Macaca já tem que pensar no Brasileirão, uma competição diferente do Paulistão
Macaca já tem que pensar no Brasileirão, uma competição diferente do Paulistão
Quem leu a minha coluna publicada em 26 de abril, portanto bem antes do primeiro jogo de Ponte Preta 0 X 3 Corinthians que foi em 30 de abril, viu que a Macaca ficaria mais algum tempo na fila para conquistar o seu primeiro título de campeã. Foi muita euforia da torcida na semana do jogo, antes e na hora de a delegação chegar no estádio Moisés Lucarelli.
Os jogadores demonstraram demasiada confiança nas suas entrevistas, dando a entender que a vitória era certa. Foi festa onde era preciso pés no chão, humildade. A Ponte tomou uma piaba do Timão, que é apenas um time operário, tanto é que no segundo jogo, foi a São Paulo e quietinha conseguiu o empate por um gol.
JÁ VEM O BRASILEIRÃO
E agora como vai ser no Brasileirão que já começa no próximo final de semana ? Parece que o presidente executivo Vanderlei Pereira, não conseguiu que o presidente de honra Sérgio Carnielli, metesse a mão no bolso para contratações de peso, que poderiam levar a Macaca a se classificar para a Libertadores em 2018.
Então o que podem fazer os homens do futebol, Hélio Kazuo e Gustavo Bueno? Eu conheço o Kazuo, empresário sério e não conheço o Gustavo, porém ele é filho do Dicá, daí acredito na sua honestidade, porque o ditado diz “tal pai, tal filho”.
Sendo assim, sem dinheiro, eles estão fazendo o arroz com feijão, contratando conforme a grana disponível, não conforme as suas vontades e necessidades. Pottker já foi para o Internacional de Porto Alegre, Clayson está indo para o Corinthians. São duas lacunas difíceis de serem preenchidas.
REFORÇOS FRACOS
Chegaram dois Fernandinhos, um lateral esquerdo do Botafogo de Ribeirão Preto-SP e outro atacante do Noroeste de Bauru-SP, o lateral João Lucas do Novorizontino, os meias Xuxa do Mirassol que só consegue jogar lá, e o atacante Émerson Sheik que não joga bem desde que saiu do Corinthians.
Será que ele vai ficar até o fim da competição? Se o elenco for esse que está aí, a Ponte montou um time de segunda divisão.
Renato Cajá, que chegou há mais tempo e não foi aproveitado até agora como titular, estava no Bahia e disputou a segunda divisão em 2016.
Gilson Kleina é um bom treinador, mas para a segunda divisão, como reza o seu currículo. Será que depois de 38 rodadas, a Macaca vai ficar no Z4, na zona de rebaixamento ou na melhor das hipóteses, vai escapar, podendo até se classificar para a Sul-Americana?
O futuro dela é incerto.