Pressionada por conselheiros, diretoria nega crise administrativa no São Paulo
Quanto à má fase dentro de campo, Pinotti reconheceu que os resultados não vem sendo bons
O presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, e o diretor executivo de futebol do clube, Vinicius Pinotti, foram pressionados a dar explicações
São Paulo, SP, 22 – O presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, e o diretor executivo de futebol do clube, Vinicius Pinotti, foram pressionados a dar explicações sobre uma série de assuntos, em reunião do Conselho Deliberativo do clube realizada na noite de segunda-feira, no Morumbi.
Questionado sobre o trabalho de gestão dentro do São Paulo, Leco disse que a administração do clube vem sendo impecável e negou uma crise interna. Recentemente, o clube demitiu o então gerente de marketing, Alan Cimerman, suspeito de interferir nas vendas de ingressos de camarotes para os shows da banda U2, marcados para 19, 21, 22 e 25 de outubro no Morumbi. Cimerman nega irregularidades e o caso está sendo investigado.
Quanto à má fase dentro de campo, Pinotti reconheceu que os resultados não vem sendo bons, mas elogiou o departamento de futebol da equipe e diz estar otimista em relação à melhoria do São Paulo no Campeonato Brasileiro.
Um dos principais assuntos da reunião foi a demissão do técnico Rogério Ceni, aposta do clube no início da temporada para o comando do time, e que teve uma multa rescisória questionada pelos conselheiros, de R$ 5 milhões, valor considerado alto para um treinador em início de carreira e que ainda não foi paga pelo clube.
Leco assumiu a responsabilidade pela contratação do técnico, intermediada por Pinotti, e afirmou que a inclusão da multa foi um pedido do próprio Ceni, que teria se sentido inseguro por conta de uma eventual vitória da oposição na eleição presidencial do São Paulo, que ocorreria em abril, cinco meses depois da contratação do ídolo do clube para o comando da equipe. O presidente ainda informou que a decisão de demitir Ceni foi sua, mas que consultou Pinotti antes de comunicar o então treinador, em busca de argumentos contrários.
Sobre a aposta em Dorival Junior, chamado para substituir Ceni, Pinotti disse apoiar o técnico e que a contratação se deu pela experiência do treinador à frente de grandes equipes e do trabalho que costuma desenvolver com atletas das categorias de base.
Outro assunto que ganhou destaque na reunião foi a contratação de Maicosuel, que entrou em campo apenas uma vez e precisou ficar de fora dos gramados por dois meses por causa de lesão. O jogador pediu para não receber salários até que se recuperasse e foi relacionado por Dorival Junior para os jogos contra Cruzeiro e Avaí. De acordo com Pinotti, o déficit muscular de Maicosuel não foi identificado pelos exames em sua chegada no clube, o que indicaria que o jogador não foi contratado já machucado.