Diretoria apoia Abel e nega interferência de tragédia em desempenho do Flu
O vice-presidente do clube descartou que a má fase da equipe tenha qualquer relação com a tragédia familiar vivida por Abel
A queda de rendimento do Fluminense no Campeonato Brasileiro fez com que a diretoria se manifestasse nesta sexta-feira. Em entrevista coletiva, o vice presidente de futebol do club
Rio de Janeiro, RJ, 29 – A queda de rendimento do Fluminense no Campeonato Brasileiro fez com que a diretoria se manifestasse nesta sexta-feira. Em entrevista coletiva, o vice presidente de futebol do clube, Fernando Veiga, manifestou todo seu apoio ao técnico Abel Braga e descartou que a má fase da equipe tenha qualquer relação com a tragédia familiar vivida pelo treinador no meio do ano.
“De maneira alguma há essa interferência, esse impacto da tragédia que ocorreu com o treinador dentro das atividades dele aqui no clube. É um treinador profundamente identificado com o clube, tem uma história muito bonita, um relacionamento excelente com todos aqui dentro, inclusive com a diretoria”, declarou Veiga.
No fim de julho, Abel perdeu o filho mais novo em um trágico acidente. O jovem João Pedro, de 18 anos, caiu da janela do apartamento da família, no Rio, quando tomava banho. O treinador recebeu apoio de todas as partes do Brasil e, principalmente, do Fluminense.
“Sempre deixamos ele bem à vontade desde o dia em que ocorreu esse problema, pouca gente sabe o que é perder um filho e acredito que deve ser uma dor incomparável, uma cicatriz que dificilmente se fecha”, comentou Veiga.
O dirigente revelou que o Fluminense liberou Abel para se afastar do trabalho pelo período que precisasse, e que o próprio treinador optou pelo retorno quase imediato ao trabalho. O comandante tricolor em diversas vezes explicitou que o futebol, o contato com os jogadores e as torcidas o ajudavam a lidar com a dor pela perda.
“A gente sempre deixou ele bem à vontade, se quisesse ficar um tempo em casa ou até parar, e dois dias depois ele já estava aqui trabalhando, sem pressão nenhuma da diretoria. Essa questão do trabalho influencia de uma forma bem positiva para ele levar a vida depois desse problema. Não tem o menor cabimento tentar achar alguma justificativa para o mau momento do clube, fazer algum tipo de relação com isso que ocorreu com o treinador”, garantiu.
O assunto da morte de João Pedro voltou à tona por causa da má fase do Fluminense no Campeonato Brasileiro. Sem vencer há quatro partidas na competição, o time carioca deixou a briga pela vaga na Libertadores, caiu para a 12.ª colocação na tabela e está agora a três da zona de rebaixamento. Para Fernando Veiga, os motivos para este momento são estritamente futebolísticos.
“É um somatório de várias coisas que faz hoje o Fluminense estar nessa situação, aconteceu de tudo esse ano. Tivemos uma lesão gravíssima do Douglas, um jogador importantíssimo. Felizmente, muita gente está se recuperando agora. Nessa reta final, estamos recuperando, temos jogadores mais experientes que podem encorpar o time até no banco de reservas em eventuais situações. São jogadores cascudos que dão esse suporte para os jovens nessa reta final do campeonato”, avaliou.