Atacante Parada, outro ‘rei do gatilho’

Atacante Parada, outro ‘rei do gatilho’

Atacante Parada, outro ‘rei do gatilho’

0002050275740 img

0002050275740 img

Antes da vigência da lei 10.826 do Estatuto do Desarmamento, sancionada em dezembro de 2003, pessoas ligadas diretamente ao futebol andavam armadas com revólveres, como prevenção.

O centroavante Antonio Parada Neto, na passagem pelo Guarani em 1967, sacou um revólver e deu tiros para espantar torcedores da Portuguesa Santista que ameaçaram jogadores bugrinos após jogo no Estádio Ulrico Mursa, em Santos.

Foram tempos de olho por olho e dente por dente no futebol, décadas passadas.

SALDANHA

O saudoso treinador-jornalista João Saldanha ameaçou Yustrich, técnico do Flamengo que já morreu, no Retiro dos Padres no Rio de Janeiro, após ter sido criticado duramente durante as Eliminatórias à Copa do Mundo de 1970.

O árbitro Dulcídio Vanderlei Boschilia, já falecido, chegava aos estádios com arma à mostra na cintura, para intimidar valentões que costumavam pressionar a arbitragem.

O saudoso jogador e comentarista de futebol Mário Sérgio Pontes de Paiva justificou o apelido de ‘Rei do Gatilho’ porque em 1979 espalhou rodinha de torcedores do São José nas proximidades do ônibus que conduzia a delegação do São Paulo no Vale do Paraíba, ao sacar um revólver e disparar tiros para o alto após derrota do time são-paulino por 1 a 0.

COMEÇO NO PALMEIRAS

Aos 78 anos de idade, Parada mora no bairro Bom Retiro, na capital paulista, onde passou a infância, após sair de Araraquara, cidade em que nasceu.

O histórico dele no futebol foi iniciado em 1957 no Palmeiras. Depois passou por Ferroviária de Araraquara (SP) e teve sucesso nas passagens por Bangu e Botafogo em 1966, caracterizado como centroavante de estilo clássico e frieza nas conclusões.

No Guarani em 1967, Parada estreou com gol contra a Ferroviária no empate por 1 a 1 em Araraquara, mas posteriormente foi criticado pela torcida por causa da lentidão.

Participou de 29 jogos com a camisa bugrina e marcou apenas dez gols, quatro deles de pênaltis. Eis o time da época comandado pelo treinador Aparecido Silva: Dimas; Cido Jacaré, Paulo Davoli, Tarciso e Miranda; Bidon e Milton dos Santos; Osvaldo, Zé Roberto, Parada e Carlinhos. Dessa leva, Dimas, Cido Jacaré, Paulo, Tarciso, Zé Roberto e Carlinhos já faleceram.