É natural que desportistas em geral superestimam o futebol do Ceará nesta Série B do Campeonato Brasileiro pelos números conquistados: terceira colocação, 58 pontos ganhos e 17 vitórias.

Resta saber qual Ceará estará em campo na noite desta terça-feira para o enfrentar o Guarani: o time que galopa rumo ao acesso à elite nacional, ou aquele Ceará visto sexta-feira passada na derrota para o Juventude?

Aquele Ceará que reagiu no confronto em Campinas e buscou o empate por 2 a 2 mostrou organização e um treinador – caso de Marcelo Chamusca – de persistência ofensiva.

O Ceará de sexta passada, no Sul do país, foi um time moroso e com incrível dificuldade para penetrar no forte esquema defensivo montado pelo Juventude.

A desconfiança maior do bugrino se fixa na capacidade de seu próprio time.

LISCA

Se o treinador Lisca teve mérito de agrupá-lo, trabalhar inversão de jogadas para explorar setor descongestionado, é notório a falta de criatividade do meio de campo pra frente.

Depender de lampejos do atacante Caíque é pouco. Ficar sujeito a oscilação do meia Bruno Nazário é preocupante. Apesar de avanços dos laterais, observa-se pouca praticidade ofensiva.

Não bastasse isso, é raro a defesa passar um jogo sequer sem cometer falha.

Diante do cenário, fica a expectativa do bugrino que os jogadores contrariem o exposto, se superem, e tragam de Fortaleza pelo menos um pontinho. Ele será bem-vindo na luta travada contra o rebaixamento.

Jogos decisivos, mesmo, serão contra concorrentes diretos em Campinas: CRB e Luverdense. Aí, o jeito será vencer ou vencer. E ainda assim roubar de um a dois pontos fora de casa contra Londrina e Inter (RS).